Diretor de emergências no Havaí renuncia após críticas por não acionar o sistema de incêndio
Herman Andaya alegou razões de saúde para se demitir; ele disse não se arrepender de não ter acionado a ampla rede de sirenas enquanto o fogo devastava a ilha de Maui
Herman Andaya, diretor da Agência de Gestão de Emergências do Maui, no Havaí, pediu demissão na quinta-feira, 17, após as polêmicas a seu redor por ele não ter acionado o sistema de sirenes enquanto um incêndio florestal destruía a localidade de Lahaina. “Hoje, o prefeito Richard Bissen aceitou o pedido de demissão de Herman Andaya, diretor da Agência de Gestão de Emergências do Maui (MEMA)”, informou a administração do condado. “Alegando razões de saúde, Andaya apresentou o pedido de demissão com efeito imediato”. Andaya afirmou em uma entrevista coletiva na quarta-feira que não se arrependia de não ter acionado a ampla rede de sirenas enquanto o incêndio se propagava por Lahaina, uma localidade de 12.000 habitantes.
Esta decisão e outras medidas, durante e após a tragédia que matou 111 pessoas, segundo o balanço mais recente, provocaram grande revolta entre os moradores, que acreditam que mais vidas poderiam ter sido salvas. “Dada a gravidade da crise que enfrentamos, minha equipe e eu vamos nomear alguém para esta posição chave o mais rápido possível”, disse Bissen. Mais de 800 militares, membros da Guarda Costeira e funcionários civis do Departamento de Defesa dos Estados Unidos continuavam trabalhando na quinta-feira para combater os incêndios no oeste da ilha de Maui.
O porta-voz do Departamento de Defesa, general Pat Ryder, disse em entrevista coletiva que cerca de 700 militares na ativa, membros da Guarda Nacional – um corpo de reserva – e civis, além 140 integrantes da Guarda Costeira, estão envolvidos na extinção dos incêndios na parte oeste de Maui. O governador do estado, Josh Green, informou que as equipes de salvamento conseguiram verificar cerca de 38% da área mais afetada, na ilha de Maui.
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