Dois bebês e um paciente morrem por falta de energia elétrica em Gaza

Palestinos afirmam que hospital tem sido cercado por exército israelense; outros 37 recém-nascidos correm risco de morrer nos próximos dias

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2023 17h00 - Atualizado em 12/11/2023 21h12
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Mahmud HAMS / AFP Gaza Um homem segura o corpo de seu bebê morto em um ataque israelense, no necrotério do hospital Al-Aqsa em Deir Balah, no centro da Faixa de Gaza

Dois bebês prematuros e um paciente que estavam internados em uma unidade de terapia intensiva vieram à óbito neste domingo, 12, no hospital Al-Shifa, localizado na Faixa de Gaza. O centro médico está sendo sitiado pelo exército de Israel desde sábado, 11, que afirma ter se oferecido para retirar cerca de 30 bebês que estão em incubadoras. Médicos do Al-Shifa dizem que Israel transformou o local em uma zona de guerra e que eles “disparam contra tudo o que se move nas proximidades do complexo”. O porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al Qudra, confirmou as mortes deste domingo. De acordo ele, as mortes foram ocasionadas por uma falha no gerador de energia que fez com as instalações ficassem sem serviço. “Em Shifa, há 37 recém-nascidos sobre a situação daquele hospital, com o qual a Organização Mundial de Saúde (OMS)”, afirmou. As Forças de Defesa de Israel afirmam que se ofereceram para evacuar os bebês da incubadora e negam que estejam atacando diretamente os hospitais na cidade de Gaza. Por outro lado, testemunhas e meios de comunicação da palestina afirmaram que o exército de Israel também tem sitiado um hospital pediátrico em Rantisi. O cirurgião Ahmad Mokhallalati declarou que não existe saída segura do Al-Shifa, como o exército israelense afirma, e que as pessoas não podem abandonar ou transferir os doentes para outros hospitais. “Os tanques de água durante a noite estavam na parte superior do hospital foram atingidos, por isso agora não tem água. A situação higiênica está se deteriorando rapidamente, com corpos apodrecidos, moscas e lixo amontoados”, disse. O médico também afirmou que estão ocorrendo bombardeiros intensos no entorno do Al-Shifa e que outros novos feridos não conseguem chegar ao centro médico por conta da falta de segurança para as ambulâncias se locomoveram para buscar e levar pessoas machucadas.

*Com informações da EFE

 

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