Em meio à tensão nos EUA, Biden nomeia últimos cargos na Casa Branca
Durante pronunciamento, o presidente eleito anunciou dois novos membros de sua equipe econômica e voltou a defender o aumento do salário mínimo no país
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, terminou de nomear os principais cargos na Casa Branca nesta sexta-feira, 8. A governadora de Rhode Island, Gina Raimondo, foi escolhida para chefiar a secretária do comércio, enquanto o prefeito de Boston, Marty Walsh, ficará com a secretaria do trabalho. “Hoje eu tenho o prazer de anunciar os mais novos membros da nossa equipe econômica. E com isso, tenho o orgulho de anunciar que terminamos de nomear nosso gabinete, deixando o melhor para o final”, afirmou o democrata durante um pronunciamento feito em Delaware. “Esta equipe nos ajudará a sair da crise econômica e de empregos mais desigual da história moderna, construindo uma economia na qual todos os americanos participem do negócio”, disse Biden. Nesse contexto, o presidente eleito voltou a falar no combate ao desemprego, na necessidade de oportunidades de trabalho igualitárias e, principalmente, em sua proposta de aumento do salário mínimo para US$ 15 a hora. No total, a equipe do presidente eleito será composta por 24 homens e mulheres que, nas palavras dele, “restaurarão a confiança em nosso governo novamente”. A conclusão das nomeações acontece duas semanas antes da cerimônia de posse, que acontecerá no próximo dia 20. Excepcionalmente, o evento não terá a presença do atual presidente, já que Donald Trump negou a sua participação horas antes.
Joe Biden também nomeou nesta sexta-feira, 8, Juan Gonzalez para o cargo de diretor sênior para o Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional. Isso significa que Gonzalez ficará responsável por lidar com assuntos relacionadas à América Latina, sendo que no passado ele já criticou o presidente Jair Bolsonaro ao comentar sobre as mudanças climáticas. Através do seu perfil oficial no Twitter, ele escreveu em outubro: “Qualquer pessoa, no Brasil ou em qualquer outro lugar, que pensa que pode promover um relacionamento ambicioso com os Estados Unidos enquanto ignora questões importantes como mudança climática, democracia e direitos humanos claramente não tem ouvido Joe Biden durante a campanha”. Junto com o texto, ele compartilhou uma matéria do HuffPost sobre a futura relação do presidente eleito dos Estados Unidos com Bolsonaro.
Anybody, in Brazil or elsewhere, who thinks they can advance an ambitious relationship with the United States while ignoring important issues like climate change, democracy, and human rights clearly hasn’t been listening to Joe Biden on the campaign trail. https://t.co/SyIGlFMdpx
— Juan S. Gonzalez (@Cartajuanero) October 22, 2020
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