Em oito meses, países africanos registraram cerca de 19 mil casos e 540 mortes por mpox

Maioria das infecções aconteceu na República Democrática do Congo (RDC)

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2024 19h54 - Atualizado em 20/08/2024 21h56
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ADRIANA TOFFETTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO OMS Varíola dos macacos Tendência de queda global no número de casos de mpox fez com que a doença saísse da situação de emergência internacional

Um grupo de 12 países que integram a União Africana (UA) reportou um total de 18.910 casos de mpox e 541 mortes devido à doença até agora em 2024, embora a grande maioria das infecções esteja na República Democrática do Congo (RDC), anunciou a agência africana de saúde pública na terça-feira (20). “Devemos deixar claro que a mpox não é apenas uma doença sexualmente transmissível”, alertou Jean Kaseya, o diretor-geral dos CDC África, denunciando o estigma de que é “uma doença de pessoas homossexuais”. Das mortes, 3.154 foram confirmados por testes clínicos e 15.756 são suspeitas de infecção. Somente na RDC, foco do atual surto e onde a doença é endêmica, houve 17.794 casos e 535 mortes desde o início do ano, declarou Jean Kaseya, diretor-geral dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África), em entrevista coletiva. Desde a declaração do surto como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Continental pelos CDC África, agência registrou 1.405 casos adicionais e 24 novas mortes – todas na RDC – por mpox nos Estados-membros da UA.

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Além da República Democrática do Congo (RDC), os outros países afetados são:

  • Burundi (com 572 casos e nenhuma morte)
  • República Centro-Africana (263 casos, nenhuma morte)
  • República do Congo (169 casos, uma morte)
  • Nigéria (39 casos, nenhuma morte)
  • Camarões (35 casos, duas mortes)
  • África do Sul (24 casos, três mortes)
  • Libéria (cinco casos, nenhuma morte)
  • Ruanda (quatro casos, nenhuma morte)
  • Uganda (dois casos, nenhuma morte)
  • Costa do Marfim (dois casos, nenhuma morte)
  • Quênia (um caso, nenhuma morte).

Transmissão do mpox

Mpox é transmitido por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais ou membranas mucosas de animais infectados, mas também por contato pele a pele se houver lesões causadas pela mpox. “Se você está exposto, pode ser infectado. Precisamos garantir que a nossa população entenda isso: precisamos usar a comunicação e envolver as organizações de jovens”, acrescentou, pois os jovens são os que mais estão sofrendo com esse novo surto. O vírus da mpox é responsável por uma doença infecciosa que pode causar inflamação das glândulas e erupções cutâneas dolorosas ou com coceira, incluindo espinhas ou bolhas.

Kaseya insistiu que a agência da UA tem um “plano claro” para adquirir e disponibilizar dez milhões de doses de vacina para os africanos até o final de 2025, que começarão a ser distribuídas nos próximos dias. “Ainda não começamos a vacinar, faremos isso em alguns dias. Estamos trabalhando com todos os países e finalizando os planos continentais com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir que não falte uma única dose dessa vacina cara”, declarou.

O alerta de saúde internacionalmente significativo declarado pela OMS há alguns dias está relacionado à rápida disseminação e à alta mortalidade de uma nova variante (chamada de clado 1b) na África e a um primeiro caso na Suécia de um viajante que esteve em uma área do continente africano onde o vírus circula intensamente.

*Com informações da EFE
Publicado por Sarah Américo

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