‘Enquanto atacamos com objetivos militares, Hamas ataca civis’, diz porta-voz das Forças de Israel
Entre civis e militares, a nova escalada de violência na Faixa de Gaza já deixou mais de duzentos mortos; em entrevista ao Pânico, Major Roni Kaplan analisou o atual conflito contra a Palestina
Com uma nova escalada de violência, as atenções do mundo se voltaram para o confilto histórico entre Israel e Palestina. As Forças de Defesa de Israel e as milícias palestinas do Hamas e da Jihad Islâmica travam um conflito aberto desde a última segunda-feira, 10, totalizando mais de duzentos mortos, entre civis e militares, com os bombardeios na Faixa de Gaza. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 17, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Major Roni Kaplan, analisou a situação na região. “É um combate difícil. Enquanto atacamos com objetivos militares, o Hamas ataca civis. Basicamente, estamos respondendo aos ataques sofridos, respeitando o direito internacional. Israel está tentando diminuir ao máximo o dano causado à população palestina, mas precisamos proteger os cidadãos israelenses. Não podemos tratar o Hamas como um grupo paramilitar, são um exército terrorista”, disse.
Com um braço armado, outro político e um econômico, o Hamas atua na Palestina mantendo o controle total sobre a região da Faixa de Gaza. O movimento islâmico fundamentalista, fundado em 1987, nega a existência do Estado de Israel e defende a criação de um Estado palestino que englobe a região de Israel. A tensão entre Israel e Palestina, sobretudo em Gaza, existe há décadas. No entanto, desde 2014, o conflito não atingia um nível de hostilidade tão grande. Na útlima semana, a violência foi desencadeada após famílias palestinas que moram em Sheikh Jarrah, um bairro fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém, receberem do Estado de Israel ameaças de despejo.
“Israel é um país democrático e, como Forças de Defesa, estamos obedecendo as ordens dos líderes eleitos pelo povo. Se o Hamas deixasse as armas, rapidamente teríamos estabilidade e paz na região”, afirmou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel. Apesar de deixar mortos e feridos de ambos os lados, até o momento, a maior parte das vítimas fatais estão em território palestino. Para o Major Roni Kaplan, a intenção do conflito não é atingir o povo palestino. “Todas as vezes que vamos atacar a Palestina, três horas antes, enviamos um aviso aos civis para que evacuem a Faixa de Gaza“, explicou. A extensão territorial que recebe o nome de Faixa de Gaza é um dos pontos chaves do conflito, já que Israel e Palestina disputam a posse dessa região. A Palestina alega que a Faixa de Gaza pertence aos palestinos, enquanto os israelenses afirmam que é o seu o direito de posse do território. Atualmente, a região palco dos conflitos abriga 1,7 milhões de pessoas.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.