Entenda consequências da morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah
Episódio levanta questões sobre a sucessão no grupo islamita e a possível resposta aos ataques israelenses
Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, foi morto em um ataque israelense. Considerado o homem mais poderoso do Líbano, liderou o movimento islamista pró-Irã por 32 anos. Sua morte ocorreu em um bombardeio israelense, encerrando um período em que ele decidia sobre a guerra e a paz no país. Desde 2006, ele vivia escondido para escapar do exército israelense, com raras aparições públicas nos últimos 18 anos. Nasrallah, de 64 anos, era uma figura de grande culto de personalidade entre seus seguidores, especialmente na comunidade muçulmana xiita. Sua liderança ganhou força em 1997, após a morte de seu filho mais velho em combate. Sob seu comando, o Hezbollah evoluiu de uma milícia armada para uma força política significativa, com representação no parlamento e no governo libanês. Financiado pelo Irã, o grupo se tornou um aliado crucial de Teerã na região, formando um eixo que inclui grupos armados no Iraque, os rebeldes houthis do Iêmen e o Hamas palestino.
A morte de Nasrallah levanta questões sobre a sucessão no Hezbollah e a resposta do grupo aos ataques israelenses. O advogado especialista em segurança pública, Frederico Afonso, destacou a importância das próximas 72 horas para o Hezbollah, que precisará decidir quem assumirá a liderança e coordenará eventuais ataques a Israel. Afonso também mencionou que a resposta do grupo tende a ser estratégica, evitando um contra-ataque ineficaz. A situação é crítica para ambos os lados, com Israel em estado de alerta e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu buscando fortalecer sua posição política em meio ao conflito. A morte de Nasrallah não só marca o fim de uma era para o Hezbollah, mas também abre um novo capítulo de incertezas e possíveis escaladas de violência na região.
*Com informações de Malu Baccarin
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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