Equipe de cientistas da OMS chega à China para investigar origem do coronavírus
Especialistas de diversos países devem cooperar com pesquisadores chineses; missão enviada pela OMS é a terceira desde o início da pandemia
A equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou à cidade de Wuhan, na China, nesta quinta-feira, 14, para investigar as origens do novo coronavírus. A informação foi confirmada pelo governo chinês, que anunciou por meio do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, em uma conferência de imprensa, que a equipe da OMS iniciará a jornada de estudos em Wuhan, onde foram localizados os primeiros casos de Covid-19 de todo o mundo. Segundo Zhao, a equipe, formada por cientistas de várias organizações de países como os Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietnam, Alemanha e Catar, deve cooperar com especialistas locais durante o estudo.
A OMS enviou a missão com o objetivo de localizar a possível origem animal do SARS-CoV-2 e os seus canais de transmissão para humanos. Apesar da teoria inicial indicar que o vírus se espalhou a partir de um mercado de produtos frescos e animais em Wuhan, nos últimos meses, a imprensa oficial da China tem afirmado que o surto de Covid-19 pode ter surgido a partir de alimentos congelados importados de outros países. Desta forma, o país reconhece que o vírus foi detectado pela primeira vez em Wuhan, mas reitera que pode ter tido origem e sido transmitido de animais para humanos em outras partes do país ou do mundo.
A equipe de pesquisadores deveria chegar na China na última semana, mas um problema com as autorizações para entrar no território chinês atrasou a chegada. Dois dos pesquisadores que integram o time estão bloqueados em Singapura para realizarem um novo teste de Covid-19, já que testaram positivo para anticorpos IgM (imunoglobulinas M) e devem fazer um novo exame para confirmar esses anticorpos e de outra classe, denominada IgG (imunoglobulinas G). Especialistas da OMS já visitaram a China em fevereiro e julho do ano passado. A organização da atual missão, a terceira desde o início da pandemia, está atrasada há meses e tem sido cercada de sigilo, tanto por parte do organismo da ONU quanto das autoridades chinesas.
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