Estados Unidos esperam veredicto eleitoral sobre Biden, mas resultado pode demorar dias

Locais com votação mais disputada, como Geórgia e Pensilvânia, devem ter apuração mais demorada; ‘midterms’ também são decisivas para Donald Trump, que deseja voltar ao poder em 2024

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2022 21h52
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Drew Angerer/Getty Images/AFP Americano vota em sala de votação com ícone gráfico da bandeira do país na lateral da cabine Estão em disputa nestas eleições todos os assentos da Câmara de Representantes, um terço do Senado e vários cargos de governadores e legisladores locais

Muito polarizados, os Estados Unidos se preparam para viver nesta terça-feira, 8, uma noite tensa, que vai determinar qual partido (Democrata ou Republicano ) vai controlar o Congresso, em uma eleição decisiva para a agenda do presidente Joe Biden e para as ambições de seu adversário e antecessor, Donald Trump, que acalenta a ideia de voltar à Casa Branca em 2024. As seções eleitorais começaram a fechar em Indiana e Kentucky às 18h em Washington (20h em Brasília), mas as autoridades já advertiram que será preciso esperar horas e, inclusive, dias para saber se o Congresso permanecerá no controle dos democratas ou se passará para as mãos dos republicanos.

Uma inflação galopante pode levar o presidente de 79 anos a perder o controle do Congresso nestas legislativas intermediárias, que costumam ser desfavoráveis ao partido no poder. Seu antecessor, Donald Trump, que apoia muitos candidatos republicanos, espera que seu partido desponte para se lançar em uma nova corrida presidencial. Na segunda, ele antecipou em um comício que fará “um grande anúncio” no dia 15 de novembro. “Será um dia muito emocionante para muita gente”, afirmou nesta terça, ao sair de um centro de votação na Flórida. O bilionário de 76 anos quer se antecipar a possíveis concorrentes republicanos e atrapalhar as investigações sobre seu suposto papel na invasão ao Capitólio ou na forma como gerenciou os arquivos da Casa Branca. Enquanto isso, “acredito que teremos uma grande noite”, acrescentou, confiante.

Pouco depois, voltou ao discurso que repete desde 2020, reacendendo as dúvidas sobre a regularidade das operações de votação. Ele insistiu em que algumas máquinas não funcionaram bem em uma circunscrição do Arizona. “As máquinas de votação não estão funcionando corretamente em áreas predominantemente republicanas/conservadoras”, disse. “Estaria acontecendo a mesma fraude eleitoral que ocorreu em 2020?”, questionou em postagem em sua plataforma, Truth Social. As autoridades locais admitiram o problema, mas garantiram que os eleitores tiveram outras opções para votar.

Nestas eleições, chamadas de “midterms”, estão em disputa todos os assentos da Câmara de Representantes, um terço do Senado e vários cargos de governadores e legisladores locais. Também são celebrados dezenas de referendos, principalmente sobre o direito ao aborto. Os primeiros resultados são aguardados a partir das 21h de Washington (23h em Brasília), mas nos locais com votação mais disputada, sobretudo na Geórgia e na Pensilvânia, pode demorar dias. Mais de 40 milhões de eleitores já votaram antecipadamente. Nesta terça, formaram-se longas filas nas seções eleitorais logo pela manhã.

*Com informações da AFP

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