Estados Unidos proíbem companhias aéreas de sobrevoarem o Irã
Tensão entre os dois países aumentou depois que um drone norte-americano foi abatido por Teerã na quinta-feira (20)
Os Estados Unidos proibiram nesta quinta-feira (20) que companhias aéreas norte-americanas sobrevoem espaços aéreos do Irã. A Administração Federal de Aviação (FAA, sigla em inglês) do país alertou para possíveis riscos decorrentes das tensões políticas entre os dois países, principalmente depois que um drone norte-americano foi abatido por Teerã.
“Todas as operações de voo sobre as águas de Teerã sobre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã estão proibidas até novo aviso”, anunciou a FAA. O órgão justificou a proibição por conta das “atividades militares agudas e as crescentes tensões políticas na região, que apresentam um risco inadvertido para as operações da aviação civil dos EUA devido a erros de cálculo ou identificação”.
Teerã assegura que o drone foi abatido com um míssil terra-ar quando entrou em seu espaço aéreo na madrugada de quinta-feira, mas o Pentágono defende que a aeronave estava em missões de reconhecimento em águas internacionais.
A derrubada aumentou as tensões entre os Estados Unidos e o Irã, uma relação que se deteriorou desde que o presidente americano, Donald Trump, decidiu retirar seu país do acordo nuclear. Após conhecer a demolição do drone, Trump publicou em sua conta do Twitter uma mensagem em tom ameaçador: “o Irã cometeu um grande erro”.
No entanto, horas mais tarde, o presidente diminuiu importância ao fato e afirmou que possivelmente tratou-se de um acidente. “Parece difícil acreditar que tenha sido proposital. Acho que foi alguém imprudente e estúpido que fez isso”, afirmou Trump aos jornalistas ao receber no Salão Oval o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
Segundo o jornal The New York Times, Trump aprovou na quinta-feira (21) um ataque contra o Irã em resposta ao abatimento do drone do país. A ação, no entanto, foi suspensa antes que fosse executada.
As fontes ouvidas pelo jornal, no entanto, disseram que não conheceM as razões da suspensão — se foi por razões logísticas ou se Trump mudou de opinião. Elas também não souberam responder se os ataques foram cancelados ou adiados.
*Com informações da Agência EFE
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