Estudo revela que comprimido reduz pela metade risco de morte por câncer de pulmão

Pesquisa foi divulgada em Chicago durante a maior conferência anual de especialistas na doença

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2023 15h46 - Atualizado em 04/06/2023 16h36
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National Cancer Institute/Unsplash Imagem de uma estrutura de células de câncer com micropontos roxos e outra parte preta que se assemelha com alguns fios de cabo Comprimido demonstrou eficácia em reduzir pela metade o risco de morte por certos tipos de câncer de pulmão quando tomado diariamente após a remoção do tumor

Estudo clínico apresentado nos Estados Unidos neste domingo, 4, aponta que um comprimido demonstrou eficácia em reduzir pela metade o risco de morte por certos tipos de câncer de pulmão quando tomado diariamente após a remoção do tumor. A pesquisa foi divulgada em Chicago durante a maior conferência anual de especialistas em câncer, organizada pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco). O câncer de pulmão é o mais letal, com cerca de 1,8 milhão de mortes a cada ano em todo o mundo. O tratamento osimertinibe, comercializado sob o nome de Tagrisso e desenvolvido pelo grupo farmacêutico AstraZeneca, é direcionado para aqueles que sofrem do chamado câncer de “células não pequenas” e que apresentam um tipo específico de mutação. Essas mutações afetam de 10% a 25% dos pacientes com câncer de pulmão nos Estados Unidos e na Europa, e entre 30% e 40% na Ásia. O ensaio clínico envolveu cerca de 680 pessoas que estavam em estágios iniciais da doença, em mais de 20 países. Os pacientes haviam passado por cirurgia para remover o tumor. Na sequência, metade deles tomou o tratamento diário e a outra metade recebeu um placebo. De acordo com o estudo, a ingestão do comprimido resultou em uma redução de 51% no risco de morte para os pacientes tratados, em comparação com o grupo que recebeu o placebo. Após cinco anos, 88% dos pacientes que receberam o tratamento ainda estavam vivos, em comparação com 78% daqueles que receberam o placebo. Para Roy Herbst, da Universidade Yale, que apresentou a pesquisa em Chicago, os dados são “impressionantes”. Ele explica que o medicamento ajuda a “impedir que a doença se espalhe para o cérebro, fígado e ossos”, acrescentou. Aproximadamente um terço dos casos de câncer de “células não pequenas” podem ser tratados quando detectados, completou Roy Herbst.

*Com informações da AFP.

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