EUA denunciam prisões na Venezuela de suspeitos de ‘planejar’ assassinato de Maduro

Ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, explicou que os presos estavam envolvidos em conspirações através do planejamento de ações criminosas e terroristas para atacar o sistema de governo

  • Por Sarah Américo
  • 24/01/2024 14h22 - Atualizado em 24/01/2024 17h23
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ANNA MONEYMAKER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP joe biden Biden está profundamente preocupado com a emissão de ordens de prisão na Venezuela

Os Estados Unidos expressaram ‘profundas preocupações’ com as ordens de prisão de 33 pessoas na Venezuela, acusados de envolvimento em conspirações contra o governo, que incluíam o assassinato do presidente Nicolás Maduro. O governo do presidente democrata Joe Biden “está profundamente preocupado com a emissão de ordens de prisão e detenções contra pelo menos 33 venezuelanos, incluindo membros da oposição democrática, sociedade civil, ex-militares e jornalistas”, afirma o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, em um comunicado. “As prisões sem o devido processo vão contra o espírito do acordo sobre o rumo eleitoral de outubro de 2023”, assinado entre a oposição e o governo venezuelano em Barbados, lembra Miller. Relatos de assassinatos são frequentes no chavismo, que completa 25 anos no poder em 2024 e tem sua continuidade em jogo em eleições ainda sem data. No começo do ano que tinha dito que sua candidatura à presidência ainda não era algo certo. Na segunda-feira, 22, as autoridades venezuelanas anunciaram que, em 2023, cinco supostas conspirações para assassinar o presidente Nicolás Maduro foram frustradas e levaram à prisão de 32 pessoas. O Ministério Público anunciou novas prisões na terça-feira, sem especificar o número.

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A líder da oposição María Corina Machado, que aspira a ser candidata nas eleições presidenciais apesar de ter sido inabilitada, relatou intimidação à sua campanha após a sede de seu partido, Vente Venezuela, ter sido pichada com o slogan “Fúria Bolivariana”. Washington expressou solidariedade à oposição. “Apelamos ao fim do assédio por motivação política, incluindo os ataques às sedes de campanha da oposição e a todos os esforços para reprimir as aspirações democráticas do povo venezuelano através do medo e da intimidação”, destaca o Departamento de Estado.

Na terça-feira, 23, o ministro da Defesa de Venezuela, Vladimir Padrino, explicou que os militares que foram presos foram “envolvidos em conspirações através do planejamento de ações criminosas e terroristas para atacar o sistema de governo legitimamente constituído, as autoridades e as instituições do Estado e do povo venezuelano”. Essas ações, segundo destacado, incluíram “o assassinato do primeiro mandatário nacional”, o que representa “atos de traição à pátria”, razão pela qual o grupo de 33 militares, composto por 29 homens e quatro mulheres, foi oficialmente expulso da FANB. Padrino havia antecipado na terça-feira que as Forças Armadas seriam contundentes contra os “traidores”, por considerar que “o engano e a deslealdade implicam na violação das leis de honra militar”.

*Com informações da AFP e EFE

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