EUA dizem que OMS ‘fracassou’ na gestão da pandemia de coronavírus
Em assembleia virtual nesta segunda-feira (18), o país ainda cobrou transparência nas informações sobre a Covid-19. Em abril, Donald Trump bloqueou repasses à organização
O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, afirmou nesta segunda-feira (18), durante a assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS), que a entidade “fracassou” na gestão internacional da pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
“A OMS não conseguiu a informação suficiente para atender o mundo, e muitas pessoas morreram”, disse o representante americano no encontro, que está sendo realizado de maneira virtual. “Isso não pode acontecer. A OMS precisa ser muito mais transparente e prestar contas”, completou Azar.
Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez anúncio do bloqueio do repasse que o governo faz à OMS, sob a alegação de não concordar com a forma como foi gerida a crise provocada pela Covid-19.
Azar garantiu que os EUA, país com mais casos e mortes em decorrência da infecção pelo novo coronavírus, estão sendo bem-sucedidos no desenvolvimento de vacinas, algumas já em fase de testes com humanos. “A forma transparente com que dividimos os resultados beneficiará a todo o mundo”, disse o secretário de Saúde.
Segundo o representante, o governo americano destinou US$ 9 bilhões (R$ 51,6 bilhões) para financiar a resposta contra a pandemia. Além disso, Azar disparou contra a China, sem citar o nome do país, mas garantindo que não houve transparência no país. O secretário também criticou a OMS por não aceitar que Taiwan participasse a assembleia como observador.
Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, assinou comunicado em que condena a exclusão do território chinês, que foi o primeiro a lançar alerta sobre a propagação do novo coronavírus.
“Democracias transparentes, vibrantes e inovadoras, como Taiwan, sempre respondem de forma mais rápida e efetiva às pandemias do que os regimes autoritários”, garantiu o integrante do governo.
*Com informações da EFE
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