Protestos pró-Palestina em universidades dos EUA já registram mais de 800 presos
Motivos para as prisões variam, mas a maioria é por desobediência a ordens de retirada dos acampamentos; em Columbia, dezenas de estudantes presos em 18 de abril foram imediatamente barrados de entrar no campus e nas aulas
Mais de 800 manifestantes já foram presos nos protestos pró-Palestina que se espalham por universidades dos EUA desde 18 de abril. Além das prisões, estudantes enfrentam suspensões e, em episódios raros, expulsões de faculdades, com casos na Universidade de Yale, na Universidade do Sul da Califórnia, na Universidade Vanderbilt e na Universidade de Minnesota. Só no fim de semana foram registradas mais de 200 detenções. As prisões começaram depois que a Universidade de Columbia, epicentro dos protestos, pediu ao Departamento de Polícia de Nova York para desfazer um acampamento em seu campus. Em vários casos, os detidos foram libertados, alguns condicionalmente. Os motivos para as prisões variam, mas a maioria é por desobediência a ordens de retirada dos acampamentos. Algumas universidades citam também insultos antissemitas para justificar a entrada da polícia nos Campi.
Universidades de todo o país vêm utilizando estratégias diferentes para lidar com os protestos. Algumas recuaram e procuraram diminuir as tensões, enquanto em outras, como a Universidade do Sul da Califórnia e a Universidade Emory, a polícia desmantelou acampamentos e prendeu estudantes e professores. Há relatos de feridos em alguns casos, mas em geral as detenções foram pacíficas, com manifestantes se entregando voluntariamente. Preocupados, estudantes e professores pedem anistia aos que foram mantidos sob custódia. A questão é se as universidades e as autoridades policiais irão retirar as acusações ou se as suspensões e os registros legais irão acompanhar os estudantes na sua vida adulta. Os termos das suspensões variam de campus para campus. Em Columbia, dezenas de estudantes presos em 18 de abril foram imediatamente barrados de entrar no campus e nas aulas.
*Com informações de Estadão Conteúdo
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