EUA vetam adesão plena da Palestina à ONU

Decisão já era esperada; resolução apresentada pela Argélia tinha obteve 12 votos a favor, um contrário e duas abstenções

  • Por Sarah Américo
  • 18/04/2024 19h16 - Atualizado em 18/04/2024 19h17
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EFE/ Javier Otazu Elcano palestina Pessoas participam de um protesto em apoio à Palestina em frente à Universidade de Columbia nesta quarta-feira, em Nova York (EUA)

Confirmando as expectativas, os Estados Unidos vetaram a adesão plena da Palestina à ONU (Organização das Nações Unidas). O projeto de resolução apresentado pela Argélia, que recomendava à Assembleia-Geral “que o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas”, obteve 12 votos a favor, um contrário e duas abstenções. A reunião foi realizada na noite desta quinta-feira (18). Para que uma resolução seja aprovada, são necessários nove votos e que nenhum dos cinco membros permanentes – EUA, Inglaterra, França, Reino Unido e Rússia – a vete. Antes de começar, os norte-americanos já tinham deixado a entender que seriam contra. “Fomos muito claros ao afirmar que uma ação prematura em Nova York, mesmo com a melhor das intenções, não fará com que a Palestina seja reconhecida como um Estado”, declarou Vedant Padel, porta-voz do Departamento de Estado, em entrevista coletiva em Washington.

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Na opinião do governo Joe Biden, segundo o porta-voz, a Palestina não cumpre as condições para ser considerada um Estado-membro da ONU. “O Hamas, uma organização terrorista, é quem está exercendo poder e influência” na Faixa de Gaza, um dos territórios palestinos, disse Padel. O porta-voz também comentou que, se a Palestina tiver permissão para ingressar no órgão internacional, os EUA “retirarão” seu financiamento. Os EUA são atualmente o maior contribuinte da ONU, doando mais de US$ 18 bilhões no ano passado.

A Autoridade Palestina critico o veto dos dos norte-americano, considerando que é uma “agressão flagrante” que empurra o Oriente Médio para a “beira do abismo”. “Esta política americana agressiva para a Palestina, seu povo e seus direitos legítimos representa uma agressão flagrante ao direito internacional e uma incitação para que continue a guerra genocida contra nosso povo […] que levam à região ainda mais para a beira do abismo”, declarou o gabinete do presidente Mahmoud Abbas em comunicado.

*Com informações das agências internacionais

 

 

 

 

 

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