Ex-estrategista de Trump, Steve Bannon, é condenado a quatro meses de prisão por desacato ao Congresso

Ex-assessor se negou a contribuir com as investigações sobre a invasão ao Capitólio por apoiadores do republicano em janeiro de 2021

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2022 13h02
CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP steve bannon Steve Bannon, estrategista de Putin, é condenado a prisão

Steve Bannon, ex-estrategista do ex-presidente Donald Trump, foi condenado a quatro meses de prisão nesta sexta-feira, 21, por se negar a testemunhar em uma investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente republicano em 6 de janeiro de 2021. A sentença, que inclui uma multa de US$ 6.500 (cerca de R$ 34 mil), ficará suspensa se Bannon recorrer da decisão, afirmou o juiz Carl Nichols no tribunal federal de Washington. Bannon, uma influente figura política da extrema-direita, foi condenado em julho por duas acusações de desacato ao Congresso por desafiar uma intimação. Cada uma das duas acusações poderia ser punida com um mínimo de um mês e um máximo de um ano de prisão e uma multa de até US$ 100 mil, mas o juíz optou por uma pena menor. Na segunda-feira, 17, os promotores disseram ao juiz dos EUA Carl Nichols  que as ações de Bannon, incluindo sua recusa até hoje em apresentar “um único documento” ao comitê do Congresso, levaram-nos a recomendar a sentença de prisão. “As declarações do réu provam que seu desacato não visava proteger o privilégio executivo ou a Constituição, mas visava minar os esforços do comitê para investigar um ataque histórico”, diz a recomendação. Bannon, 68 anos, foi um dos principais conselheiros da campanha presidencial de Trump em 2016 e depois atuou como estrategista-chefe da Casa Branca em 2017. Acredita-se que ele tenha influência na invasão ao Capitólio. O comitê que investiga o caso informou que Bannon conversou duas vezes com Trump no dia anterior ao ataque, participou de uma reunião de planejamento e declarou em seu podcast que “o inferno vai acontecer amanha”, se referindo ao dia anterior à invasão.

*Com Informações da AFP e Reuters

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