Exército israelense anuncia resgate de refém na Faixa de Gaza
‘Kaid AlKadi foi resgatado numa operação complexa no sul da Faixa de Gaza’, detalhou o Exército; o israelense de 52 anos foi sequestrado por terroristas do Hamas durante o ataque de 7 de outubro em Israel
O Exército de Israel anunciou nesta terça-feira (27) o resgate de um refém no sul da Faixa de Gaza após uma “operação complexa”. Kaid Alkadi, um beduíno israelense de 52 anos, foi sequestrado por terroristas do Hamas durante o ataque de 7 de outubro em Israel, afirmou o Exército em um comunicado. “Kaid AlKadi foi resgatado numa operação complexa no sul da Faixa de Gaza”, detalhou o Exército.
“Ele está em condição médica estável e está sendo transferido para exames médicos em um hospital”, acrescentou. AlKadi mora em Rahat, uma cidade predominantemente árabe, e trabalhava como guarda em um armazém no sul de Israel em 7 de outubro quando foi capturado por milicianos. O Exército não deu mais detalhes sobre a operação por motivos de “segurança dos reféns, das forças militares e segurança nacional”. O porta-voz do Exército, Daniel Hagari, afirmou em coletiva de imprensa que Alkadi foi encontrado em um túnel, sem especificar se estava retido neste local junto com outros reféns.
Há uma semana, o Exército recuperou seis corpos de reféns na mesma passagem. Alkadi, pai de onze filhos e morador de Rahat, uma cidade predominantemente árabe, trabalhava com guarda no kibutz Magen, no sul de Israel, quando foi capturado em 7 de outubro, segundo o Fórum de Famílias de Reféns. O hospital Soroka de Beersheva, no sul de Israel, para onde o ex-refém foi levado, indicou que “seu estado de saúde é bom” e que ele já se reuniu com sua família.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou com Alkadi por telefone, segundo seu gabinete. Israel promove “negociações e operações de resgate” para libertar todos os reféns, afirmou.
O presidente israelense, Isaac Herzog, celebrou “o resgate bem-sucedido” e classificou a sua libertação como um “momento feliz para o Estado de Israel e a sociedade israelense”, segundo um comunicado de seu gabinete. O conflito em Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando terroristas islamistas atacaram o sul de Israel e mataram 1.199 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço baseado em dados oficiais. Também tomaram 251 reféns, dos quais 105 continuam em Gaza, incluindo 34 estariam mortos, segundo o Exército israelense.
Em resposta, Israel prometeu destruir o Hamas, que governa Gaza desde 2007 e lançou uma vasta ofensiva de retaliação que já deixou 40.476 mortos no território palestino, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. “Os outros reféns não podem se permitir esperar outro milagre como este (…), a única maneira de avançar é com um acordo negociado”, declarou o Fórum de Famílias de Reféns.
Israel e os mediadores Estados Unidos, Egito e Catar promovem negociações para uma trégua em Gaza junto à libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel. O Hamas não participa das negociações.
*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira
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