Facebook admite compilar informação, inclusive de não usuários da rede social

  • Por Agência EFE
  • 17/04/2018 15h37
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Reprodução Facebook imagem Diretor de Gestão de Produto do Facebook admitiu compilação, mas garantiu que prática é comum no setor

O diretor de Gestão de Produto do Facebook, David Baser, reconheceu nesta terça-feira (17) que a empresa americana utiliza suas diversas ferramentas de marketing para compilar dados inclusive de pessoas de fora da rede social e afirmou que se trata de uma prática comum no setor.

Baser quis responder as “cerca de 40 perguntas” que o presidente da empresa, Mark Zuckerberg, não pôde fazer em sua declaração perante o Congresso na semana passada.

“Quando você visita um site ou aplicativo que utiliza nossos serviços, nós recebemos informações, inclusive quando você está desconectado ou não possui uma conta do Facebook“, explica o diretor, em mensagem divulgada no site da empresa.

Esta coleta de dados é realizada quando um internauta clica no botão “curtir” ou de “compartilhar” na rede ou ao usar sua conta na rede social para se registrar em um site ou aplicativo.

De acordo com Baser, esta é uma prática habitual no setor, praticada por outras grandes empresas.

“O Twitter, Pinterest e Linkedin têm botões de curtir de e compartilhar similares para ajudar as pessoas a divulgarem coisas. De fato, a maioria das páginas da internet e aplicativos enviam a mesma informação para várias empresas a cada visita”, afirmou.

Este tipo de dados, ele alega, permite que o Facebook melhore seu “conteúdo e publicidade” e inclua informações sobre o endereço IP do usuário, o navegador ou o tipo de sistema operacional utilizado, “porque nem todos os sistemas e dispositivos operam com as mesmas caraterísticas”.

Estas esclarecimentos acontecem depois da semana passada, quando Zuckerberg compareceu ao Senado e na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos para dar explicações pelo escândalo de Cambridge Analytica.

Segundo reconheceu a própria empresa de análise de dados, que colaborou com a equipe de Donald Trump durante a campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 2016, utilizou tal informação para desenvolver um programa de computador destinado a predizer as decisões dos eleitores para poder influenciar eles.

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