FMI aprova desembolso de R$ 6 bilhões para Ucrânia; PIB do país deve cair 35%
Com mais de sete meses de guerra, o país necessita de grandes financiamentos fiscais e externos
O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o nesta sexta-feira, 7, desembolso de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,77 bilhões) para a Ucrânia sob a nova janela de choque alimentar do Instrumento de Financiamento Rápido. Em comunicado, o organismo afirma que, mais de sete meses após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o custo humanitário e econômico continua enorme, resultando em grandes e urgentes necessidades de financiamento fiscal e externo. “As autoridades merecem crédito considerável por terem mantido um grau importante de estabilidade macrofinanceira nessas circunstâncias extremamente desafiadoras e solicitaram o monitoramento do programa com o envolvimento do conselho para fortalecer seu compromisso político e catalisar ainda mais o apoio dos doadores”, afirma o FMI. Em meio ao deslocamento maciço da população e à destruição de moradias e infraestruturas essenciais, o PIB real da Ucrânia deverá contrair 35% em 2022 em relação a 2021, projeta. O desembolso (equivalente a 50% da cota da Ucrânia no FMI) “ajudará a atender às necessidades urgentes da balança de pagamentos, inclusive devido a um grande déficit nas exportações de cereais, ao mesmo tempo em que desempenha um papel catalisador para mais apoio financeiro dos credores e doadores da Ucrânia”, avalia o organismo. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu em seu Twitter o FMI e a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, e disse que as verbas “irão para a Ucrânia hoje”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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