FMI prevê recessão ‘menos severa’ no PIB de 2020 por causa da China

A instituição também credita a melhora na perspectiva graças aos robustos estímulos fiscais e monetários realizados por diversos países em meio à pandemia da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2020 10h46
EFE/Gian Ehrenzeller/Archivo Kristalina Georgieva A búlgura Kristalina Georgieva é a diretora do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 2020 terá uma retração de 4,4%, melhorando a sua projeção realizada em junho – de queda de 5,2%. A estimativa positiva deve-se a uma forte recuperação da China, que deverá ser a única entre as grandes potências a crescer – a previsão de 1,9%. Além disso, a instituição credita a melhora na perspectiva graças aos robustos estímulos fiscais e monetários realizados por diversos países em meio à pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

A melhora de oito décimos percentuais, de acordo com o relatório Perspectivas Econômicas Globais do FMI, divulgado nesta terça-feira, 13, também se deve à significativa recuperação da economia dos Estados Unidos, agora prevista em -4,3%. O cenário, embora seja de acentuada contração, apresenta um significativo avanço em relação ao de queda de 8% previsto pela instituição em junho. “Prevemos uma recessão menos severa em 2020, embora ainda forte, em comparação com junho. Apesar de a economia mundial estar se recuperando, a retração será longa, desigual e incerta”, disse Gita Gopinath, economista-chefe do FMI, na apresentação do relatório.

A China, segundo a projeção, crescerá 1,9% em 2020, quase o dobro do previsto em junho (1%), sobretudo graças ao “forte investimento público”. A zona do euro, por sua vez, também tem um cenário melhor em relação às perspectivas apresentadas há quatro meses. O FMI estima agora que a economia desse conjunto de países sofrerá retração de 8,3% neste ano – antes, esperava queda de 10,2%. A instituição também destacou que, nas economias avançadas, o impacto teria sido maior se não fossem “as grandes respostas fiscais, monetárias e regulamentares, rápidas e sem precedentes, que mantiveram a renda disponível para as famílias e protegeram o fluxo de caixa para as empresas”.

Até 2021, o FMI espera que a economia mundial volte a registrar crescimento – uma expansão de 5,2%. Por outro lado, essa estimativa é de dois décimos a menos do que a prevista em junho. A China voltará a liderar entre as principais economias, segundo a instituição, com uma taxa de crescimento de 8,2% no próximo ano, mesma previsão feita há quatro meses. O FMI também projetou que os Estados Unidos crescerão 3,1% no próximo ano, 1,4 ponto percentual a menos do que o estimado anteriormente, e que a zona do euro terá superávit de 5,2%, oito décimos a menos do que o estimado em junho.

*Com informações da Agência EFE

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