Fome em Gaza não diminuiu desde a trégua e a situação segue ‘catastrófica’, alerta OMS

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, afirma que a crise alimentar no território palestino permanece ‘porque a ajuda humanitária que chega não é suficiente’ 

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2025 11h57
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Eyad BABA / AFP IMAGEM PRINCIPAL - Palestinos fazem fila para receber uma refeição quente de uma cozinha beneficente no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza sitiada por Israel, em 11 de setembro de 2025, em meio a uma situação de fome declarada pela ONU após quase dois anos de guerra. (Foto de Eyad BABA / AFP) Crianças palestinas em fila para receber uma refeição quente da cozinha beneficente no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza 

A fome em Gaza não diminuiu desde que a trégua entrou em vigor e a ajuda que entra no território palestino continua sendo insuficiente, denunciou a Organização Mundial de Saúde nesta quinta-feira (23). “A situação permanece catastrófica, porque o que chega não é suficiente”, declarou aos jornalistas o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A fome não diminui, porque não há alimentos suficientes”, acrescentou.

Primeiras evacuações de feridos 

Um total de 41 pacientes em estado grave e 145 acompanhantes foram evacuados da Faixa de Gaza nas últimas horas em uma operação liderada pela OMS, a primeira desse tipo desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 10 de outubro. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a operação na madrugada desta quinta-feira em sua conta na rede social X (ex-Twitter), observando que ainda há cerca de 15.000 pacientes aguardando o sinal verde para receber atendimento médico especializado fora do enclave.

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“Continuamos a pedir aos países que demonstrem solidariedade e abram todas as rotas possíveis para acelerar as evacuações médicas”, enfatizou Tedros. O chefe da OMS também condenou a apreensão do centro do Programa de Saúde Mental Comunitária na Cidade de Gaza em 13 de outubro, três dias após a entrada em vigor da trégua. “Em um momento em que as necessidades de saúde mental dos palestinos em Gaza são maiores do que nunca, todas as instalações de saúde devem ser protegidas e preservadas para que a população possa receber o apoio de que precisa”, argumentou.

*Com informações da AFP e EFE 

 

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