Franceses votam em eleições legislativas decisivas para Macron neste domingo

Pesquisas apontam um empate entre a aliança centrista, ligada ao presidente reeleito, e a frente de esquerdas no primeiro turno e vitória do governo no segundo turno, programado para 19 de junho

  • Por Jovem Pan
  • 12/06/2022 13h18
Ludovic Marin/Pool via REUTERS Emmanuel Macron Resultado das eleições determinará se Macron terá maioria no parlamento para implementar seu plano de governo liberal com sucesso no país

A França vota neste domingo, 12, no primeiro turno das eleições legislativas que vão determinar se  o presidente reeleito há seis semanas, Emmanuel Macron, terá uma nova maioria parlamentar para aplicar seu programa de governo.  Pela primeira vez em 25 anos, os principais partidos de esquerda — ecologistas, comunistas, socialistas e França Insubmissa — decidiram concorrer em uma frente unida, liderada por Jean-Luc Mélenchon, político veterano de 70 anos que, por pouco, não chegou ao segundo turno da eleição presidencial, com quase 22% dos votos. Mélenchon busca a revanche no que considera o “terceiro turno” da votação, com o objetivo de impedir Macron de aplicar seu programa de linha liberal.

Para a Nova União Popular Ecológica e Social (Nupes), liderada por Mélenchon, os franceses reelegeram o político de centro em 24 de maio não por seu programa, mas para evitar a chegada ao poder de sua rival no segundo turno, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen. As pesquisas apontam um empate entre a aliança centrista Juntos! e a frente de esquerdas no primeiro turno e vitória do governo no segundo turno, programado para 19 de junho, mas sem maioria absoluta para Macron. A abstenção é a principal questão, em particular para a esquerda radical e a extrema-direita, cujos eleitores apresentam maior tendência de não comparecer às urnas.  Às 17 horas (12 horas de Brasília) a participação do eleitorado francês era de 39,42%, índice inferior às legislativas de 2017, 40,75% no mesmo horário, que terminaram com o menor resultado histórico desde 1958: 48,7%.

*Com informações da AFP

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