Funcionários da Disney receberam ameaças de morte antes de suspensão de Jimmy Kimmel, diz site

Na segunda-feira (15), o comediante ironizou republicanos ligados ao movimento MAGA que tentavam se afastar do acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2025 16h33
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EFE/ EPA/ Caroline Brehman Foto de arquivo de 10 de março de 2024 do apresentador Jimmy Kimmel falando durante a 96.ª cerimônia anual dos Prêmios da Academia em Los Angeles (EE.UU). A cadeia ABC anunciou estes milhões que retirará "indefinidamente" de sua programação o popular programa noturno de Jimmy Kimmel devido aos comentários feitos pelo apresentador sobre Charlie Kirk, o ativista conservador assassinado no passado 10 de setembro. EFE/ EPA/ Caroline Brehman ARQUIVO Kimmel ironizou republicanos ligados ao movimento MAGA que tentavam se afastar do acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk

A suspensão do Jimmy Kimmel Live! não foi resultado apenas de críticas públicas. Segundo informações divulgadas pelo site The Hollywood Reporter, funcionários da Disney tiveram seus e-mails expostos e chegaram a receber ameaças de morte após comentários feitos pelo apresentador em seu programa.

Na segunda-feira (15), durante o monólogo de abertura, Kimmel ironizou republicanos ligados ao movimento MAGA que tentavam se afastar do acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk. A declaração desencadeou uma forte reação nas redes sociais e se intensificou após a participação do presidente da FCC (Comissão Federal de Comunicação), Brendan Carr, em um podcast conservador.

Pressão sobre a Disney

Com a repercussão, grupos de afiliadas da emissora ABC e patrocinadores começaram a questionar a manutenção do programa. A Sinclair exigiu que o apresentador se retratasse e suspendeu a exibição do programa. Em paralelo, executivos da Disney passaram a discutir com Kimmel como ele trataria o assunto em edições seguintes.

De acordo com fontes, a emissora esperava um posicionamento que reduzisse a tensão, mas Kimmel teria planejado reforçar sua defesa, sem pedir desculpas. A perspectiva aumentou o receio de que a situação se agravasse, levando a novas pressões.

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Decisão final

Na quarta-feira (17), com 66 das cerca de 200 afiliadas da ABC já dispostas a não transmitir o programa, a decisão de suspender a atração foi tomada por Bob Iger, CEO da Disney, e Dana Walden, chefe de entretenimento da empresa. O anúncio foi feito pouco antes da gravação, quando o público já aguardava a entrada no estúdio.

Nem Kimmel nem a Disney comentaram oficialmente o episódio. Internamente, executivos avaliam possibilidades de retorno do programa, mas condicionam o futuro da atração à disposição do apresentador em adotar um tom mais conciliador, além da aceitação das afiliadas.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nícolas Robert

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