Fundador do Telegram é investigado na França por supostos maus-tratos a filho
Pavel Durov está sendo ouvido por um juiz antes de seu possível indiciamento por doze acusações sobre a disseminação — via Telegram — de conteúdo criminoso relacionado a drogas, pornografia infantil e golpes
O fundador da plataforma de mensagens criptografadas Telegram, Pavel Durov, também está sendo investigado na França por supostamente maltratar um de seus filhos, além do caso de 12 crimes pelo qual foi preso. As investigações de abuso estão relacionadas a uma denúncia apresentada em 2023, na Suíça, pela ex-companheira de Durov, disseram fontes da investigação à emissora pública francesa “Franceinfo”. A vítima, que nasceu em 2017, vive atualmente no país com a mãe. Durov está sendo ouvido por um juiz, em conversa que começou ontem (28), antes de seu possível indiciamento por 12 acusações sobre a disseminação via Telegram de conteúdo criminoso relacionado a tráfico de drogas, pornografia infantil e golpes.
A lista de delitos inclui cumplicidade na administração de uma plataforma online para permitir transações ilícitas por gangues organizadas, recusa em cooperar com as autoridades compartilhando documentos ou informações necessárias para evitar atos ilegais e cumplicidade em fraudes e tráfico de drogas, informou o Ministério Público de Paris. O bilionário, de 39 anos e nascido na Rússia, foi preso após aterrissar em um avião particular no aeroporto particular de Le Bourget, próximo a Paris. Durov, que também tem nacionalidade francesa e dos Emirados Árabes, reside em Dubai, onde o Telegram — uma plataforma com cerca de um bilhão de usuários — está sediado.
Após a prisão de seu fundador e diretor executivo, o Telegram divulgou uma declaração dizendo que a plataforma “está em conformidade com as leis da União Europeia, incluindo a Lei de Serviços Digitais” e que “sua moderação está dentro dos padrões da indústria e está constantemente melhorando”. “Pavel Durov não tem nada a esconder e viaja com frequência pela Europa. É absurdo que uma plataforma ou seu proprietário seja responsável por abusos em sua plataforma”, acrescentou o comunicado.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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