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Governo da Nicarágua liberta 50 presos políticos após retomada de diálogo

NI501. MANAGUA (NICARAGUA), 01/03/2019.- Estudiantes de la Universidad Centroamericana (UCA) realizan este viernes una protesta dentro de la sede en Managua (Nicaragua) contra el presidente Daniel Ortega, a pesar de la prohibición emitida por la Policía Nacional para este tipo de manifestaciones. Decenas de estudiantes se taparon sus rostros con pañuelos de colores azul y blanco, en alegoría a la bandera de Nicaragua, y marcharon en los pasillos y veredas de la UCA. EFE/STR

O governo de Daniel Ortega decidiu libertar um grupo de 50 manifestantes opositores nesta sexta-feira, 15. A decisão aconteceu após a retomada das negociações que Ortega mantém com uma aliança opositora, com as quais buscam superar a crise que explodiu na Nicarágua em abril do ano passado.

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Os libertados saíram a bordo de ônibus da prisão de segurança máxima conhecida como “La Modelo”, sob a custódia de autoridades do Sistema Penitenciário Nacional.

Há dois dias, o governo da Nicarágua decidiu com a opositora Aliança Cívica retomar as negociações para superar a crise em troca da libertação “de um núcleo apreciável” de manifestantes presos a partir de hoje.

Moradores da capital Manágua saíram às ruas, alguns com as bandeiras da Nicarágua, para saudar a caravana de veículos onde viajam os libertados.

O Estado mantinha presos pelo menos 650 manifestantes antigovernamentais e mudou o regime carcerário de outros 112 presos políticos, em um total de 762 detentos, segundo o Comitê Pró Liberdade de Presos e Presos Políticos, que acusa o governo de utilizá-los como reféns nas negociações que mantém com a Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia.

O governo de Ortega reconhece 340 detidos pela sua participação na fracassada “tentativa de golpe de Estado”, como o Executivo classifica os protestos populares que começaram em abril de 2018, e os tacha de “terroristas”, “golpistas” e “delinquentes comuns”.

Desde abril de 2018, a Nicarágua sofre uma grave crise que deixou 325 mortos, de acordo com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), embora alguns grupos humanitários locais elevem a 561 o número de vítimas mortais, enquanto o Executivo só reconhece 199.

*Com EFE

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