Grécia enfrenta a maior evacuação da sua história por incêndio que já dura seis dias

Mais de 30 mil pessoas já deixaram a ilha de Rodes; diversos turistas estão concentrados no aeroporto tentando retornar para casa, mas companhias suspenderam voos

  • Por Jovem Pan
  • 23/07/2023 20h26 - Atualizado em 23/07/2023 20h26
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Will VASSILOPOULOS / AFP Aeroporto na Grécia Turistas lotaram aeroporto na Grécia tentando encontrar voos de volta para casa

Um incêndio que já dura seis dias na ilha grega de Rodes resultou na “maior operação de evacuação já realizada na Grécia”. Mais de 30 mil pessoas já deixaram o local e centenas de turistas aguardavam neste domingo, 23, no aeroporto internacional de Rodes à procura de voos de volta para casa. No entanto, várias companhias suspenderam os voos em direção à ilha. O fogo se alastrou pelo sudeste de Rodes, uma ilha no Mediterrâneo que possui 100 mil habitantes e está situada no arquipélago do Dodecaneso. Apoiados por cerca de 50 caminhões, dez aviões Canadair e oito helicópteros, mais de 250 bombeiros continuaram a combater as chamas, alimentadas por ventos de 50 km/h. Foram relatados 46 novos incêndios em 24 horas, de acordo com a corporação de bombeiros. No sábado, 22, cerca de 30 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e hotéis devido ao avanço dos focos. Os turistas evacuados passaram a noite em ginásios, escolas ou centros de conferências. “Esta é a maior evacuação já realizada na Grécia (…). Correu tudo bem. Todos, principalmente os turistas, cumpriram nossas ordens”, afirmou a porta-voz da polícia, Konstantia Dimoglidou.

No total, 12 cidades foram evacuadas, incluindo Lindos, um dos principais destinos turísticos da ilha. As chamas atingiram a cidade de Laerma na noite de sábado, queimando várias casas e uma igreja. O fogo também se espalhou também para Kiotari e Gennadi Lardos. Paul F., um alemão de 23 anos, contou que ele e sua amiga estavam dormindo na praia, quando despertaram e perceberam que estava deserta. Correram para o hotel e fizeram suas malas enquanto na recepção, toalhas úmidas eram distribuídas para que os hóspedes se protegessem da fumaça. “Estava tão quente e a fumaça era tão densa que não aguentaríamos mais de dez minutos”, contou. Eles deixaram o local de ônibus. De acordo com as autoridades, ainda serão necessários vários dias para controlar as chamas, agravadas por fortes ventos. Desde o início do verão, temperaturas extremas atingiram grande parte do hemisfério norte. Segundo previsões de especialistas, julho pode se tornar o mês mais quente já registrado na história.

*Com informações da AFP. 

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