Guarda Costeira dos EUA divulga vídeo inédito dos destroços do ‘submersível do Titanic’; confira

Ex-diretor da OceanGate informou que a embarcação tinha sofrido um incidente dias antes de implodir e matar cinco pessoas

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2024 11h21 - Atualizado em 21/09/2024 11h55
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US Coast Guard / U.S. Coast Guard video courtesy of Pelagic Research Services / AFP submersível titan Guarda costeira dos EUA publica novas imagens que mostram os destroços do Titana

A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou na quarta-feira (18) um vídeo e fotos do submersível Titan, que implodiu em junho de 2023 com cinco ocupantes a bordo, enquanto se dirigia às ruínas do Titanic, no fundo do Atlântico Norte. As audiências técnicas de uma comissão de investigação da Guarda Costeira sobre o acidente, amplamente coberto pela mídia há 15 meses, começaram na segunda-feira em Charleston, na Carolina do Sul, e continuarão sendo realizadas publicamente até 27 de setembro. As audiências da comissão, que são técnicas e não judiciais, buscam “identificar todas as evidências de falhas materiais (na construção ou no design) que possam ter causado o acidente, a fim de elaborar recomendações adequadas e evitar que tais incidentes se repitam”.

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O vídeo de um minuto, datado de 22 de junho de 2023, a uma profundidade de 3.775 metros, mostra os destroços da parte traseira do submersível em posição vertical no fundo do oceano, com cabos e partes do aparelho. O logotipo da empresa operadora americana, OceanGate Expeditions, aparece nas imagens da cauda do submersível. Com 6,5 metros de comprimento, o Titã fez sua imersão em 18 de junho de 2023 para observar as ruínas do Titanic e deveria retornar à superfície sete horas depois. No entanto, perdeu contato menos de duas horas após sua partida.

Submersível estava danificado

Na quinta-feira (19), o ex-diretor científico da empresa OceanGate, dona do submersível, revelou que o Titan sofreu um incidente grave dias antes da implosão.  Diante de uma comissão da Guarda Costeira dos Estados Unidos, que realiza audiências para investigar o acidente, Steven Ross explicou que uma imersão foi “interrompida” devido a uma “avaria na plataforma que levou muito tempo para ser corrigida”. Enquanto o submersível retornava à superfície, inclinou-se e “a proa apontava para cima”, na vertical, disse Ross, que estava na embarcação com outros quatro passageiros. O incidente não deixou feridos, mas foi “desagradável” e durou “pelo menos uma hora”, contou.

O piloto daquele dia, Stockton Rush, foi um dos cinco mortos na implosão ocorrida após a embarcação submergir em junho de 2023. Ela deveria retornar à superfície sete horas depois, mas perdeu o contato menos de duas horas após a sua partida. Pouco depois de submergir, a embarcação foi destruída por uma “implosão catastrófica”, que matou seus ocupantes, entre eles o cientista francês Pierre-Henri Nargeolet, 77, apelidado de “Sr. Titanic”, e cuja família buscou a Justiça americana para denunciar a OceanGate por negligência e exige uma indenização de US$ 50 milhões (R$ 271 milhões).

Os outros falecidos no desastre foram Stockton Rush, de 61 anos, diretor da OceanGate Expeditions, Shahzada Dawood, um empresário britânico-paquistanês de 48 anos, e seu filho Suleman, de 19, além do explorador britânico Hamish Harding, de 68 anos. “Presumíveis restos humanos” foram descobertos alguns dias depois entre os destroços do Titã, a 500 metros do Titanic, segundo a Guarda Costeira dos EUA.

*Com informações da AFP

 

 

 

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