Hungria assume a presidência da União Europeia com lema ‘tornar a Europa grande novamente’

Presidência húngara durará até 31 de dezembro; observadores políticos veem uma provocação de Orbán no tema escolhido

  • Por Jovem Pan
  • 01/07/2024 19h18
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Attila KISBENEDEK / AFP Viktor Orban é o atual primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria

A Hungria, governada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, líder da extrema-direita internacional, iniciou nesta segunda-feira a sua presidência rotativa da União Europeia (UE), sob o lema “Vamos tornar a Europa grande novamente”. “Hoje assumimos do primeiro-ministro belga a presidência da União Europeia”, declarou Orbán em Bruxelas, onde se encontrou com Alexander De Croo, chefe do governo da Bélgica, país que detinha a presidência rotativa da UE nos seis meses anteriores. Os observadores políticos veem uma provocação de Orbán no lema escolhido para a presidência húngara – “Vamos tornar a Europa grande novamente” –, uma vez que é uma emulação do slogan usado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sua campanha eleitoral de 2016. “O objetivo central da presidência húngara da UE é reforçar a competitividade europeia”, afirmou o ministro de Assuntos Europeus húngaro, János Bóka, em uma entrevista à emissora de rádio pública “Kossuth” no dia anterior.

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Para alcançar esse objetivo, tentará chegar a um consenso para assinar um novo pacto europeu para a competitividade ainda durante a presidência húngara, que durará até 31 de dezembro. As outras seis prioridades definidas pelo Executivo de Orbán são a defesa comum e a defesa das fronteiras externas, bem como avançar na ampliação do clube comunitário, promover a coesão e as políticas agrícolas e resolver os problemas demográficos. Budapeste também pretende promover os processos de integração principalmente dos países dos Balcãs Ocidentais e aprofundar as relações com a China. No entanto, dado que as decisões comunitárias sobre política externa exigem uma votação unânime, não se espera que Orbán consiga intensificar os laços com Pequim, como lembrou hoje o portal independente “Telex.hu”.

*Com informações da EFE

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