Ignorando ameaça da China, Estados Unidos vendem mísseis para Taiwan

A China, que considera Taiwan uma ‘província rebelde’ anunciou sanções às empresas norte-americanas envolvidas na transação e ordenou que suas tropas se mantenham ‘prontas para o combate’

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2020 10h46 - Atualizado em 27/10/2020 10h47
REUTERS/Tyrone Siu//File Photo Bandeiras dos Estados Unidos e de Taiwan postas lado a lado O governo de Donald Trump tem buscado uma aproximação com Taiwan em detrimento das boas relações com a China

Nesta segunda-feira (27), os Estados Unidos confirmaram a venda de US$ 2,37 bilhões em armamentos para Taiwan. Um funcionário do Departamento de Estado, que pediu para não ser identificado, afirmou que o governo de Donald Trump tem “um interesse permanente na paz e estabilidade no Estreito de Taiwan e acredita que a segurança de Taiwan é fundamental para a segurança e estabilidade da região Indo-Pacífico como um todo”. Entre os itens comercializados estão 400 mísseis. Ao tomar conhecimento dessa transação, o presidente da ChinaXi Jinping, ordenou que as tropas do país se mantenham “prontas para o combate”.

Mais cedo, no mesmo dia, o país também anunciou que sancionaria as empresas norte-americanas Lockheed Martin, Boeing Defense e Raytheon, envolvidas na transação. O conflito entre a China e Taiwan tem origem em 1949, durante a guerra civil entre nacionalistas e comunistas: desde então, a ilha se considera um território soberano com governo e sistema político próprio, enquanto o governo chinês a vê como uma província rebelde. O governo de Donald Trump tem sido marcado pelo confronto com a China e pelo fortalecimento das relações com Taiwan.

*Com informações da EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.