Biden e Trump trocam farpas ao falarem de segurança nacional
Durante a segunda parte do debate desta quinta-feira (22), os candidatos à presidência se acusaram mutuamente de manter relações antiéticas com países do exterior
Na noite desta quinta-feira (22), durante o último debate presidencial dos Estados Unidos, os candidatos Donald Trump e Joe Biden aproveitaram o tema “segurança nacional” para levantarem acusações que foram feitas nas últimas semanas por grandes veículos de mídia norte-americanos. Já era esperado que o democrata e o republicano trocassem questionamentos sobre o tema. No entanto, surpreendeu o fato deles praticamente não terem interrompido as falas um do outro, conforme a mediadora Kristen Welker solicitou no início do evento e diferentemente do que aconteceu no primeiro debate.
Trump levantou as denúncias do The New York Post de que o filho de Joe Biden, Hunter Biden, utilizou o nome da família para fazer negócios altamente lucrativos com a Ucrânia e a China. O democrata negou essas acusações afirmando que nunca recebeu dinheiro de nenhum país: ele disse que as negociações com a empresa de energia ucraniana Burisma não foram antiéticas e que o seu filho nunca ganhou dinheiro através de envolvimento com a China.
Biden, por sua vez, trouxe à tona a investigação do The York Times, que expôs em uma reportagem que Trump teria pago um valor irrisório em impostos comparado com a sua fortuna bilionária, além de ter feito negócios na China. Sobre isso, o presidente dos Estados Unidos afirmou: “eu sou um homem de negócios fazendo negócios”. Ele alegou que a conta em um banco chinês foi fruto de uma tentativa de empreendedorismo que não foi levada adiante e que paga milhares de dólares em impostos. Trump prometeu, inclusive, revelar o seu imposto de renda em um futuro não especificado.
A jornalista e moderadora do debate, Kristen Welker, também questionou os candidatos sobre a investigação do FBI e da CIA divulgada nesta quarta-feira (21), que indicou que o Irã e a Rússia tentaram interferir na eleição presidencial. Sobre esse tema, Biden afirmou que, caso seja eleito, esses países pagarão por suas ações e que é preciso “garantir a soberania dos Estados Unidos”.
Como os iranianos teriam enviado e-mails intimidando eleitores a votarem pela reeleição do presidente, Biden disse acreditar que os russos não querem que ele seja eleito e questionou o fato de Trump não ter confrontado o presidente Vladmir Putin sobre esses acontecimentos. Donald Trump, por sua vez, se limitou a rebater dizendo que não é ele quem recebe dinheiro da Rússia, e sim Biden.
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