Impeachment de Donald Trump pode ser postergado para fevereiro
O líder republicano do Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, afirmou que é justo conceder ao ex-presidente mais tempo para preparar a sua defesa
O líder republicano do Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, quer postergar o início do impeachment de Donald Trump em pelo menos uma semana para que o ex-presidente tenha mais tempo de se preparar e formar uma equipe de defesa. A proposta é que os responsáveis designados pela Câmara dos Deputados leiam as acusações para o Senado na próxima quinta-feira, 28. Depois disso, Trump teria duas semanas, ou seja, até o dia 11 de fevereiro, para apresentar sua defesa. Isso só acontecerá, no entanto, se McConnell conseguir convencer o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, e a presidente da Câmara dos Deputados, a também democrata Nancy Pelosi. De maneira geral, os democratas querem que o impeachment de Trump aconteça o mais rápido possível para que o Congresso possa se concentrar em outras atividades, visto que o mandato de Joe Biden já começou. As informações são da emissora de televisão norte-americana CBS News.
Para que Trump seja condenado, dois terços do Senado deve votar a favor da acusação. Como atualmente a Casa está dividida igualmente entre o Partido Democrata e o Partido Republicano, bastariam que 17 republicanos rompessem com o ex-presidente, coisa que alguns já sinalizaram que pretendem fazer. Na votação da Câmara dos Deputados, por exemplo, 10 republicanos se voltaram contra Trump, acusado de “incitação à insurreição”. Além de ter um forte valor simbólico, o impeachment pode fazer com que o republicano seja destituído do direito de receber os benefícios concedidos aos ex-presidentes dos Estados Unidos, incluindo pensão, seguro de saúde, equipe de segurança e um orçamento de US$ 1 milhão para viagens. Além disso, após o julgamento, uma votação adicional do Senado também pode tornar Trump inelegível. No artigo de impeachment é citada a 14ª Emenda Constitucional, que proíbe qualquer pessoa que tenha “se envolvido em uma insurreição ou rebelião” contra os Estados Unidos a exercer “qualquer cargo” político no futuro.
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