Incêndio em tanques de petróleo em Cuba deixa 121 feridos e 17 desaparecidos
Fogo começou na tarde de sexta-feira, 5, quando um raio atingiu a região; segundo jornal local, o sistema de para-raios falhou
Um incêndio em tanques de petróleo em Cuba em uma área industrial, que acontece desde a tarde de sexta, 5, deixou um morto, 17 desaparecidos e 121 feridos. Cinco deles estão em estado crítico, outros três muito graves e 28 graves, de acordo com um balanço divulgado pela Presidência da República. Entre os feridos está o ministro de Energia e Minas, Liván Arronte. O fogo começou quando um raio atingiu um dos tanques do depósito localizado nos arredores de Matanzas, cerca de 100 quilômetros a leste de Havana. A presidência de Cuba informou que solicitou ajuda e consultoria a países amigos com experiência na questão do petróleo e teve uma resposta rápida. “A resposta chegou rápido: “Expressamos profunda gratidão aos governos do México, Venezuela, Rússia, Nicarágua, Argentina e Chile, que prontamente ofereceram ajuda material solidária diante desta complexa situação”, disse o presidente Miguel Díaz-Canel no Twitter. “Também agradecemos a oferta de consultoria técnica por parte dos Estados Unidos”, acrescentou. O vice-chanceler Carlos Fernández de Cossío afirmou que a proposta americana “já está nas mãos de especialistas para a devida coordenação”.
Mais cedo o chefe de Estado declarou que “a extinção do incêndio ainda pode demorar”, enquanto o diretor de Comércio e Abastecimento da estatal Unión Cuba-Petróleo (Cupet), Asbel Leal, disse que o país nunca havia enfrentado um incêndio “da magnitude que temos hoje”. Danger Ricardo, um soldador de 37 anos que trabalha no local, não sabe explicar como o sistema falhou, mas, segundo o jornal Granma, “aparentemente houve uma falha no sistema de para-raios, que não suportou a energia da descarga elétrica”. Os dois tanques atingidos abastecem a termelétrica Antonio Guiteras, a maior de Cuba, mas o bombeamento para essa usina não parou, acrescentou Granma. Dois helicópteros começaram a trabalhar para apagar o fogo na manhã de sábado, 6, em frente à baía de Matanzas, uma cidade de 140 mil habitantes. Bombeiros exaustos se reuniam do lado de fora da usina esperando para procurar seus colegas que não puderam sair após a segunda explosão. O incêndio ocorre em meio a dificuldades enfrentadas desde maio na ilha para atender ao aumento da demanda por energia devido ao calor do verão. A obsolescência de suas oito usinas termelétricas, danos, manutenções programadas e falta de combustível dificultam a geração de energia. Desde maio, as autoridades programam apagões de até 12 horas por dia em algumas regiões do país. Desde então, houve vinte protestos em cidades do interior da ilha.
*Com informações da AFP
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