Índia prorroga confinamento por duas semanas, mas reduz restrições

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2020 12h59
Jagadeesh Ivy/EFE País está atrás apenas dos EUA no número de casos confirmados

O governo da Índia ordenou nesta sexta-feira (01) a prorrogação do confinamento dos 1,3 bilhão de habitantes até 18 de maio para frear a pandemia de Covid-19 no país, que registra 35.043 casos e 1.147 mortes causadas pela doença.

A ordem emitida pelo Ministério do Interior também indica novas regulações das atividades neste período, baseadas nos níveis de risco de propagação em cada estado, com lugares que serão diferenciados como zonas vermelhas (críticas), verdes e laranjas.

A terceira prorrogação do maior confinamento da história começará em 4 de maio, por mais duas semanas, por um total de 54 dias sob medidas emergenciais.

De acordo com o Ministério do Interior, os distritos identificados como “zonas vermelhas”, que levam em conta o número total de casos ativos, a taxa de propagação e a quantidade de testes, permanecerão sob as medidas mais rigorosas.

As áreas consideradas “verdes”, onde não foram relatados casos positivos durante pelo menos 21 dias, serão controladas com um regime diferente que permitirá um retorno parcial ao normal, desde que sejam mantidas as medidas de saúde e segurança.

Zonas de contenção

As áreas mais sensíveis do país por onde a Covid-19 se espalhou, as zonas vermelha e laranja, são designadas como “áreas de contenção”, explicou a ordem interna, que detalhou que nesses lugares os protocolos de vigilância serão intensificados, com rastreamento de contatos, e visitas de casa em casa.

“Deverá ser assegurado o controle rigoroso do perímetro, para que não haja movimentação de pessoas dentro ou fora dessas áreas, exceto em caso de emergências médicas, ou para manter o fornecimento de bens e serviços essenciais. Nenhuma outra atividade é permitida dentro das Zonas de Contenção”, informou o governo.

Segundo a determinação, em algumas áreas das zonas vermelha e laranja, o retorno parcial das operações da indústria farmacêutica, da tecnologia e da cadeia de suprimentos essenciais, assim como do setor da construção civil, tem sido permitido em 50% da capacidade, desde que não envolva o deslocamento de trabalhadores.

Viagens aéreas, ferroviárias e de metrô, viagens por rodovias interestaduais, funcionamento de escolas, faculdades e outras instituições educacionais, hotéis e restaurantes, e locais de encontro público, como cinemas, shopping centers, academias de ginástica e complexos esportivos, continuam proibidos em todo o país.

Normalização gradual

Os escritórios privados poderão operar com até 33% da força de trabalho, enquanto o restante dos recursos humanos terá que continuar trabalhando de casa. Isso será permitido em todas as áreas verdes, e em certas áreas vermelhas e laranja.

Nas zonas livres de contágio, todas as atividades, exceto as proibidas em todo o país, serão permitidas a partir de 4 de maio, o que inclui a circulação de ônibus e táxis, desde que operem a 50% da capacidade, o tráfego de mercadorias e a circulação de veículos particulares.

Todas as atividades não essenciais, entretanto, permanecem proibidas em todo o país entre 7h e 19h.

*Com informações da Agência EFE

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