Jovem Pan
Publicidade

Irã diz que não vai negociar com Trump; ministro fala em ‘jogo perigoso’

STX01. Washington (United States), 22/02/2019.- US President Donald J. Trump responds to a question from the news media during a meeting in the Oval Office of the White House in Washington, DC, USA, 22 January 2019. The US and China are aiming to ease the current trade war and the tit for tat tariffs that are unnerving the global economy. (Estados Unidos) EFE/EPA/SHAWN THEW

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, rechaçou a proposta de Donald Trump de conversar e disse que seu país não vai negociar com os Estados Unidos — a menos que Washington demonstre “respeito aos iranianos”.

Publicidade
Publicidade

Em entrevista à CNN, Zarif alertou que os EUA, ao aumentar a presença militar na região, jogam um “jogo perigoso“. “Ter todo esses ativos militares numa área pequena é propício a acidentes”, disse. “Extrema prudência é necessária e os Estados Unidos estão jogando um jogo muito, muito perigoso.”

Ele acusou os EUA também de serem os primeiros a deixar o Joint Comprehensive Plan of Action, ou JCPOA, o acordo de 2015 designado a limitar a capacidade nuclear do Irã em troca de aliviar sanções.

“Nós agimos com boa fé”, disse Zarif sobre o acordo, que foi assinado pelos Estados Unidos, Irã, Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia. “Não estamos dispostos a conversar com pessoas que quebram suas promessas.”

No início deste mês, Trump disse que o Irã “devia procurá-lo”, mas, no último domingo, 19, endureceu a retórica. “Se o Irã quiser brigar, esse será oficialmente o fim do Irã”, escreveu no Twitter. “Nunca ameacem os Estados Unidos de novo!”

Zarif respondeu: “Você não pode ameaçar iranianos e esperar que eles se comprometam com você. A maneira de fazer isso é por meio de respeito e não ameaças. Haverá consequências dolorosas se isso continuar, mas o Irã não está interessado em continuar.”

Em vez disso, Zarif pediu o fim imediato das sanções econômicas. “Nós só queremos vender nosso petróleo”, afirmou.

Publicidade
Publicidade