Irã minimiza ataque atribuído a Israel, o compara a ‘brincadeira de criança’ e diz que não vai responder
Explosões da última sexta-feira (19) desencadearam uma onda de apelos internacionais à calma, em uma região sob tensão desde 7 de outubro devido à guerra em Gaza
O Irã minimizou o ataque atribuído a Israel, comparando-o a uma brincadeira de “crianças”. “O que aconteceu ontem à noite não foi um ataque. Foi um voo de dois ou três quadricópteros, como os brinquedos de nossas crianças no Irã”, ironizou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Amir Abdollahian, à NBC News. O ataque aconteceu na sexta-feira (19) (noite de quinta-feira (18) no Brasil) perto de uma base militar em Isfahan, centro do país, devido à interceptação “bem sucedida” de pequenos drones pelo sistema de defesa antiaérea. “Enquanto não houver novas aventuras do regime israelense contra interesses iranianos, não responderemos”, esclareceu na entrevista, transmitida na sexta-feira. A imprensa americana trata a situação como uma resposta de Israel a Teerã pelo ataque de 13 de abril.
As explosões desencadearam uma onda de apelos internacionais à calma, em uma região sob tensão desde 7 de outubro devido à guerra em Gaza entre Israel e o movimento Hamas, apoiado por Teerã. Desde outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, em uma ação que deixou ao menos 1.200 mortos e 250 sequestrados, a tensão está tensa no Oriente Médio e há um receio de que o conflito entre Israel e Hamas possa escalar para outras regiões. O suposto ataque israelense ao Irã levantou temores de uma escalada no Oriente Médio.
No Iraque, uma “explosão” noturna em uma base militar deixou pelo menos um morto e oito feridos, informaram autoridades neste sábado. As circunstâncias ainda não estão claras. Na sexta-feira, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, insistiu que o objetivo do seu país e de outros membros do G7, reunidos na ilha italiana de Capri, era uma “desescalada”. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que Moscou indicou a Israel que o Irã “não quer uma escalada”.
*Com informações da AFP
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