Israel bombardeia Gaza e permanece em alerta por ameaça iraniana
Catar, Egito e Estados Unidos, que atuam como mediadores para alcançar uma trégua, aguardam as respostas de Israel e do Hamas à proposta mais recente para uma interrupção dos combates
As forças israelenses voltaram a bombardear a Faixa de Gaza, anunciou nesta sexta-feira (12), o movimento palestino Hamas, em um momento de tensão elevada, depois que o Irã ameaçou responder ao ataque contra seu consulado na Síria, uma ação que atribui a Israel. A tenaz ofensiva israelense em resposta ao ataque do Hamas de 7 de outubro prossegue, sem direito à trégua para Gaza, submetida a um cerco que deixa a população à beira da fome, segundo a ONU. Ao mesmo tempo, Catar, Egito e Estados Unidos, que atuam como mediadores para alcançar uma trégua, aguardam as respostas de Israel e do Hamas à proposta mais recente para uma interrupção dos combates que permita, ainda, a libertação de reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza.
O Hamas informou nesta sexta que dezenas de casas e prédios residenciais foram atacados com explosivos no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. O governo dos Estados Unidos alertou para o perigo de um ataque iraniano ou de grupos vinculados a Teerã. O general Michael Erik Kurilla, que está à frente do Comando Central dos Estados Unidos para o Oriente Médio (Centcom), viajou a Israel. O presidente americano, Joe Biden, reforçou seu apoio a Israel, apesar das tensões entre o governante democrata e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por divergências sobre a gestão da guerra em Gaza. Por sua vez, a Casa Branca afirmou que as ameaças de um ataque iraniano contra Israel são “críveis” e “reais”.
Negociações e pressão
O conflito no território palestino começou em 7 de outubro, após o ataque do Hamas contra o sul de Israel, que deixou 1.170 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses. Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 33.634 mortos em Gaza, na maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território. O primeiro-ministro israelense segue mantendo seus planos de uma operação em Rafah, a cidade no sul de Gaza que abriga 1,5 milhão de palestinos e que o premiê apresenta como o último bastião do local.
*Com informações da AFP
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