Israel bombardeia Gaza e permanece em alerta por ameaça iraniana

Catar, Egito e Estados Unidos, que atuam como mediadores para alcançar uma trégua, aguardam as respostas de Israel e do Hamas à proposta mais recente para uma interrupção dos combates

  • Por Redação
  • 12/04/2024 16h06 - Atualizado em 12/04/2024 16h07
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Reprodução/AFP Conflito na Faixa de Gaza Ondas de fumaça após o bombardeio israelense em Nuseirat, centro de Gaza, em 12 de abril de 2024, em meio às batalhas em curso entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. As autoridades do território palestino costeiro governado pelo Hamas relataram, em 12 de abril, dezenas de novos ataques aéreos na região central de Gaza.

As forças israelenses voltaram a bombardear a Faixa de Gaza, anunciou nesta sexta-feira (12), o movimento palestino Hamas, em um momento de tensão elevada, depois que o Irã ameaçou responder ao ataque contra seu consulado na Síria, uma ação que atribui a Israel. A tenaz ofensiva israelense em resposta ao ataque do Hamas de 7 de outubro prossegue, sem direito à trégua para Gaza, submetida a um cerco que deixa a população à beira da fome, segundo a ONU. Ao mesmo tempo, Catar, Egito e Estados Unidos, que atuam como mediadores para alcançar uma trégua, aguardam as respostas de Israel e do Hamas à proposta mais recente para uma interrupção dos combates que permita, ainda, a libertação de reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza.

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O Hamas informou nesta sexta que dezenas de casas e prédios residenciais foram atacados com explosivos no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. O governo dos Estados Unidos alertou para o perigo de um ataque iraniano ou de grupos vinculados a Teerã. O general Michael Erik Kurilla, que está à frente do Comando Central dos Estados Unidos para o Oriente Médio (Centcom), viajou a Israel. O presidente americano, Joe Biden, reforçou seu apoio a Israel, apesar das tensões entre o governante democrata e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por divergências sobre a gestão da guerra em Gaza. Por sua vez, a Casa Branca afirmou que as ameaças de um ataque iraniano contra Israel são “críveis” e “reais”.

Negociações e pressão

O conflito no território palestino começou em 7 de outubro, após o ataque do Hamas contra o sul de Israel, que deixou 1.170 mortos, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados israelenses. Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 33.634 mortos em Gaza, na maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território. O primeiro-ministro israelense segue mantendo seus planos de uma operação em Rafah, a cidade no sul de Gaza que abriga 1,5 milhão de palestinos e que o premiê apresenta como o último bastião do local.

*Com informações da AFP

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