Israel concorda com cessar-fogo na Faixa de Gaza a partir desta sexta, diz imprensa local

Autoridades teriam comunicado a decisão a um mediador egípcio após uma reunião entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o seu gabinete de segurança

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2021 15h43 - Atualizado em 20/05/2021 17h07
EFE/EPA/MOHAMMED SABER Fumaça sobre no norte de Gaza após um ataque aéreo israelense Nesta quinta-feira, 20, ataques de Israel contra a Faixa de Gaza atingiram mais quatro casas que supostamente pertenciam a comandantes do Hamas

Israel concordou em interromper a sua campanha militar na Faixa de Gaza a partir desta sexta-feira, 21, em um acordo de cessar-fogo mediado pelo Egito. As informações foram divulgadas pela emissora de televisão Al Jazeera, que disse que autoridades israelenses entraram em contato com um mediador egípcio para atualizá-los sobre sua decisão após uma reunião na noite desta quinta-feira, 20, entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o seu gabinete de segurança. Na sequência, um oficial do Hamas confirmou que haverá um cessar-fogo “mútuo e simultâneo” a partir das 2h do horário local. Desde o início das hostilidades, há 11 dias, morreram um total de 230 palestinos, incluindo 64 crianças e 38 mulheres, além de 13 cidadãos israelenses. A agência humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) estima que quase 450 edifícios da Faixa de Gaza foram destruídos ou seriamente danificados, sendo que entre eles estão seis hospitais e nove postos de saúde. Já o Ministério da Informação da Faixa de Gaza estipula que os danos de infraestrutura causados pelo conflito correspondem a cerca de US$ 250 milhões.

Mais cedo, o Hamas já havia indicado a uma emissora de televisão libanesa que um cessar-fogo  “provavelmente acontecerá em breve”. “Penso que os esforços que estão sendo feitos para um cessar-fogo vão ser bem sucedidos”, declarou Abu Marzuq, um membro do alto escalão do movimento islamita palestino. No entanto, até então Israel se mostrava relutante em interromper as suas ofensivas enclave.  “Vamos encerrar a operação quando sentirmos que atingimos nossos objetivos”, disse na ocasião o ministro da Inteligência, Eli Cohen, à Radio Kan.

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