Israel encerra operação de 14 horas na Cisjordânia que deixou três palestinos mortos

Segundo a inteligência interna Shin Bet, dois laboratórios de explosivos foram destruídos com o ataque de drones

  • Por Jovem Pan
  • 22/08/2024 17h06
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EFE/EPA/MOHAMMED SABRE Destroços na Cisjordânia Destroços no campo de refugiados perto da cidade de Tulkarem

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram na tarde desta quinta-feira (22) o fim da operação que realizavam na cidade de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, na qual mataram três palestinos em um ataque com drones. “Três milicianos foram mortos no ataque e dois laboratórios de explosivos foram destruídos”, afirma o comunicado militar sobre a operação, que foi realizada pelo serviço de inteligência interna – Shin Bet – e pela polícia de fronteira israelense .As Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligadas ao braço armado do partido secular palestino Fatah, reivindicaram como seus combatentes os três mortos que identificaram como Muwiyah Al Hajj Ahmed, Waseem Anbar e Imad Shreim.

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“Tulkarem, a grande, se recusou a ser outra coisa senão uma ponta de lança nesta guerra feroz, na vitória da honrada Gaza e na defesa do caminho sagrado de nosso profeta Maomé”, disse o grupo terrorista em comunicado nesta tarde. O campo de refugiados, no norte da Cisjordânia, tornou-se um dos redutos das milícias palestinas, juntamente com a cidade de Jenin, também na parte norte do território. As FDI acrescentaram que “homens da patrulha Haruv, uma unidade de reconhecimento, sob a direção do Shin Bet, destruíram dois laboratórios de explosivos”.

A unidade Duvdevan, grupo de elite das FDI que opera na Cisjordânia, destruiu o apartamento usado por palestinos procurados e deteve uma pessoa nele. Além disso, os militares destruíram explosivos que os combatentes haviam colocado nas estradas. No total, as FDI disseram que prenderam mais de 40 palestinos procurados na semana passada e confiscou cerca de 15 armas e 60 mil shekels de “fundos terroristas”, sobre os quais não deu mais detalhes.

O Hamas se pronunciou esta noite sobre o ataque para “elogiar os heróicos mártires de Tulkarem”, ao mesmo tempo em que criticou os ataques e os “crimes da ocupação” na Cisjordânia. Na madrugada de quinta-feira, as tropas israelenses “saquearam uma mesquita, lojas e casas no vilarejo de Ar Ras, ao sul da cidade de Tulkarem”, informou a agência de notícias oficial palestina “Wafa”.

“Eles realizaram buscas minuciosas e apreenderam imagens de câmeras de vigilância”, além de instalar uma cerca militar ao redor de Ar Ras para bloquear a passagem e verificar os veículos e documentos de todos os palestinos que tentam chegar ao vilarejo, acrescentou. Mais tarde, as forças israelenses levaram escavadeiras com as quais “demoliram” as ruas e “destruíram deliberadamente propriedades públicas e privadas, incluindo casas e lojas”, relatou a “Wafa”.

As Brigadas Al Qasam, braço armado do grupo islâmico palestino Hamas, também estão participando dos confrontos e disseram que eles são “uma resposta ao assassinato do líder mártir Khalil Al Maqdah”, que foi morto ontem quando um drone israelense atacou o veículo em que viajava na cidade de Sidon, ao sul de Beirute, no Líbano. A operação de hoje é a sexta usando drones no norte da Cisjordânia até agora em agosto.

*Com informações da EFE
Publicado por Fernando Keller

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