Israel faz ataque aéreo no sul da Faixa de Gaza e deixa ao menos 45 mortos

Hamas afirma que local em Rafah funcionava como centro humanitário e que crianças e mulheres são maioria entre as vítimas; exército israelense afirma ter abatido dois altos dirigentes do grupo terrorista

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2024 21h19 - Atualizado em 27/05/2024 15h28
  • BlueSky
Eyad Baba/AFP Um homem palestino passa por um prédio destruído em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 26 de maio Ataque ocorreu após Israel ter sido alvo de pelo menos oito foguetes disparados de Rafah

Um ataque aéreo israelense neste domingo (26) em um centro de deslocados (local de ajuda humanitária) próximo à cidade de Rafah, no sul de Gaza, deixou pelo menos 45 mortos e dezenas de feridos. O Ministério de Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, classificou o ataque como um “massacre horroroso” e informou que a maioria das vítimas são crianças e mulheres, além de cerca de 50 feridos. O exército israelense confirmou que a ação visava dois altos dirigentes do Hamas, Yassin Rabia e Khaled Nagar, em uma instalação em Rafah Segundo o país judeu, eles foram abatidos. Ambos estariam envolvidos em atividades do Hamas na Cisjordânia, incluindo o planejamento de ataques e a administração de recursos.

O Hamas acusou Israel de “atacar deliberadamente” o centro de deslocados e convocou os palestinos a protestarem contra o que chamou de “massacre sionista”. O ataque ocorreu após Israel ter sido alvo de pelo menos oito foguetes disparados de Rafah, que atingiram áreas como Tel Aviv. Desde o início do conflito em 7 de outubro, após um ataque de comandos islamistas que matou mais de 1.170 pessoas no sul de Israel, incluindo civis, o Estado judeu lançou uma ofensiva contra Gaza, prometendo “aniquilar” o Hamas. Segundo o Ministério de Saúde de Gaza, o conflito já resultou na morte de 35.984 palestinos, principalmente mulheres e crianças.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Enquanto isso, negociações indiretas mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar estão estagnadas desde o início de maio, após o início das operações terrestres israelenses em Rafah. O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou compromisso com uma diplomacia emergencial para alcançar um cessar-fogo e a libertação de reféns. Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que reconhecerão a Palestina como Estado nesta terça-feira (26). A União Europeia defende uma Autoridade Nacional Palestina forte para promover a paz — o Hamas, no poder em Gaza, é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e a UE. A situação humanitária no enclave palestino é grave, com cerca de 800 mil pessoas deslocadas e enfrentando risco de fome e colapso dos serviços de saúde devido ao cerco israelense. A ONU alerta para uma crise humanitária catastrófica na região.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.