Israel ordena novas evacuações em Rafah

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste na necessidade de lançar uma operação em na região, onde estão concentrados 1,4 milhão de pessoas

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2024 17h09
Foto da AFP Os palestinos deslocados Israel disse que 300 mil palestinos deixaram os bairros no leste de Rafah desde segunda-feira

O Exército israelense ordenou, neste sábado (11), à população Palestina que se retirasse de mais bairros da cidade de Rafah, onde a ONU alerta para uma catástrofe de proporções “épicas” em caso de uma operação militar maciça. Testemunhas afirmaram que os moradores estão se preparando para deixar a área. Estas localidades ficam a oeste da região que Israel havia ordenado a retirada na segunda-feira, no leste de Gaza. O porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, publicou uma mensagem em árabe na rede social X, na qual afirmava que “atividades terroristas do Hamas” foram observadas nessas áreas “nos últimos dias e semanas”.

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Em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, houve intensos bombardeios israelenses, segundo testemunhas. Os ataques atingiram áreas mais ao norte do território palestino, em um momento em que a ONU alerta que a ajuda humanitária está bloqueada desde que as tropas israelenses entraram no leste de Rafah na segunda-feira (6) e fecharam a passagem. Pelo menos 21 pessoas morreram em ataques com bombas durante a noite no centro de Gaza e seus corpos foram levados para o Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade de Deir al Balah, informou a unidade. Cobertos por um pano branco, os corpos foram colocados no pátio do centro médico.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insiste, por sua vez, na necessidade de lançar uma operação em Rafah, onde estão concentrados 1,4 milhão de pessoas, a maioria deslocadas pela guerra, considerando que a região abriga os últimos redutos do Hamas. Neste sábado, o Exército israelense afirmou que “cerca de 300.000 palestinos” deixaram os bairros no leste de Rafah desde segunda-feira. O Departamento de Estado americano declarou em um relatório na sexta-feira que é “razoável estimar” que Israel tenha utilizado armas de uma forma incompatível com o direito humanitário internacional. Mas observou que não pode chegar a “conclusões definitivas”, o que significa que os Estados Unidos continuarão fornecendo armas ao seu aliado.

Uma operação militar em Rafah causaria “uma catástrofe humanitária épica e acabaria com nossos esforços para ajudar a população perante a fome iminente”, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres na sexta-feira. O presidente americano, Joe Biden, advertiu nesta semana que deixará de fornecer algumas armas caso Israel lance uma ofensiva de grande escala em Rafah.

*Com informações da AFP

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