Israel quer produzir vacina contra a Covid-19 na Argentina

Ideia é estabelecer uma linha de produção do imunizante no país sul-americano, que seria a primeira do mundo; testes de fase 3 começariam com 24 mil a 30 mil voluntários

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2021 00h32
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 26/01/2021 Vacina contra a Covid-19 sendo aplicada em uma pessoa Estudos da fase 2 seriam concluídos em dois meses

O governo da Argentina afirmou nesta segunda-feira, 8, que Israel demonstrou interesse em realizar estudos de fase 3 e a subsequente produção de sua vacina em desenvolvimento contra a Covid-19 no país sul-americano. “A oferta que eles nos fizeram, que já transmiti ao nosso presidente, Alberto Fernández, e ao nosso chanceler, Felipe Solá, é a possibilidade de realizar a fase 3 na Argentina, para a qual seria necessário entre 24 mil e 30 mil voluntários”, afirmou o embaixador argentino em Israel, Sergio Urribarri.

De acordo com declarações divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores, Israel tem “interesse em estabelecer uma linha de produção na Argentina, possivelmente a primeira do mundo”. No entanto seria necessário encontrar uma empresa farmacêutica argentina para atuar como parceira local. Urribarri reuniu-se hoje em Jerusalém com Zeev Rothstein, diretor geral do Hospital Hadassah, e com Eran Zahavi, diretor do Instituto de Pesquisa Biológica de Israel (IIBR, na sigla em inglês), órgão que depende do Ministério da Defesa israelense e realiza o desenvolvimento e testes clínicos de uma vacina contra Covid-19 em vários hospitais liderados pelo Hadassah.

Segundo o comunicado, os estudos da fase 2 seriam concluídos em dois meses. “Tanto o diretor do Hospital Hadassah quanto o diretor do Instituto de Pesquisa Biológica de Israel, que desenvolvem a vacina, nos disseram que consideram que a infraestrutura médica e farmacêutica em nosso país é excelente e permite que a produção se desenvolva na Argentina”, disse Urribarri. Segundo a Chancelaria argentina, o Hospital Hadassah e o IIBR tomarão conhecimento da “regulamentação argentina para continuar analisando a possibilidade de aprovar essa operação”.

* Com EFE

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