Governo altera novamente previsão e diz que Brasil terá 25 milhões de doses de vacina em março

Anúncio inicial do Ministério da Saúde era que país teria 46 milhões de doses neste mês, estimativa caiu para 38 milhões de doses e, no último sábado, para 30 milhões de doses

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2021 20h27
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 26/01/2021 Vacina contra a Covid-19 sendo aplicada em uma pessoa Pazuello disse que vacinação em massa pode ficar comprometida sem produção nacional

A previsão de entrega de vacinas contra a Covid-19 no Brasil, no mês de março, foi alterada pela quarta vez pelo Ministério da Saúde. Nesta segunda-feira, 08, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, afirmou durante evento na Fiocruz que até o final do mês o país deve ter entre 25 e 28 milhões de doses de imunizantes contra a doença. A primeira projeção do governo previa 46 milhões de doses. Essa estimativa caiu para 38 milhões e foi revisada no último sábado, 06, com a quantia de 30 milhões de doses. “Nosso objetivo é ter em março, próximo aí a 25 milhões, 28 milhões de doses já realmente entregues para que a gente cumpra o Plano Nacional de Imunização”, disse Pazuello. O ministro explicou que os ajustes no cronograma se devem ao atraso do laboratório Serum, da Índia, na entrega do composto IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), o principal ingrediente na fabricação das vacinas Coronavac e AstraZeneca/Oxford.

“Não foi entregue o quantitativo de IFA contratado para a produção de 15 milhões de doses em janeiro. Então a AstraZeneca nos forneceu a entrega de 12 milhões de doses prontas, que seriam do laboratório indiano Serum. E esse laboratório vem fazendo uma postergação da entrega. Então, até agora vieram 4 milhões, ainda faltam oito. Nessa negociação, vamos ter que fazer uma pressão política, diplomática e até pessoal com a AstraZeneca que cobre do Laboratorio Serum, para que ele cumpra a entrega dos oito milhões que faltam”, completou. Pazuello afirmou que a Índia tem dificultado o processo porque ‘proibiu a exportação’. “Se nós não tivermos uma produção nacional como temos hoje no Butantan e na Fiocruz, nós não vamos ter condição de vacinas em massa o nosso país”, finalizou.

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