Israel sofre maior baixa desde o começo da guerra; 24 soldados foram mortos em dois ataques

Morte de militares aumentou a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu, que está pressionado para encontrar solução para este conflito que já dura 109 dias

  • Por da Redação
  • 23/01/2024 12h51 - Atualizado em 23/01/2024 21h51
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Oren ZIV / AFP israel soldados Amigos e parentes prestam suas homenagens em frente ao túmulo durante o funeral do soldado israelense Ilay Levy no cemitério militar de Tel Aviv

Israel sofreu nesta terça-feira, 23, seu pior dia em termos de baixas militares desde o início dos ataques à Faixa de Gaza, iniciado em outubro de 2023. Segundo o porta-voz das Forças de Defesa israelenses, Daniel Hagari, 24 soldados do país morreram no enclave palestino, sendo que apenas uma munição matou simultaneamente 21 militares. Os demais morreram em outro ataque. O artefato teria atingido um tanque que protegia os militares. Essa baixa aumentou a pressão sobre o governo de Benjamin Netanyahu, que está pressionado para encontrar solução para este conflito que já dura 109 dias. Apesar do cenário desfavorável a seu favor, o premiê mantém um tom desafiador, afirmando que Israel não irá parar de lutar até a vitória absoluta.

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As mortes dos soldados acentuam a percepção de crise em uma guerra que já é a mais mortífera para Israel em 50 anos. Até então, o país havia perdido 545 militares desde o início da invasão terrestre de Gaza, em outubro. Em relação aos palestinos, o número de mortos chega a 25.490 desde o início do conflito. O Ministério da Saúde de Gaza divulgou 195 mortes apenas no último dia. O sul do enclave palestino tem sido palco de combates intensos, após a destruição do norte, onde o Hamas tinha seus centros de comando. Na semana passada foi lançada uma ofensiva pra capturar a cidade de Khan Younis, e, segundo os militares israelenses, a região abriga o principal quartel-general do Hamas.

A ação de Israel em Gaza tem gerado protestos internacionais, com a ONU (Organização das Nações Unidas) falando em massacre e a OMS (Organização Mundial da Saúde) condenando os combates em áreas hospitalares. Além disso, há preocupação com o risco de escalada do conflito, com ataques do Hezbollah na fronteira norte e ações houthis no mar Vermelho. Os Estados Unidos, maiores aliados de Israel, também pressionam por uma solução pacífica. O presidente Joe Biden defende a criação de um Estado palestino para trazer paz à região, enquanto Netanyahu considera isso impossível em termos de segurança para Israel. Enquanto o drama se desenrola, relatos sobre um possível cessar-fogo se tornam cada vez mais frequentes.

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