J.D. Vance insiste que os EUA ‘não têm planos’ de reconhecer Estado Palestino

Mais de 140 países reconhecem a Palestina como um estado independente, entre eles o Brasil; França e o Reino Unido sinalizaram recentemente que também darão apoio ao reconhecimento 

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2025 13h54
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EFE/EPA/BONNIE CASH / POOL O vice-presidente JD Vance observa o presidente Donald Trump e o CEO da Apple, Tim Cook, anunciarem um investimento adicional de US$ 100 bilhões da Apple nos EUA, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC, EUA, em 6 de agosto de 2025. A Casa Branca também estabelecerá o Programa de Manufatura Americana da Apple, que se concentrará em trazer a cadeia de suprimentos e a manufatura da Apple para os EUA. EFE/EPA/BONNIE CASH / POOL O vice-presidente JD Vance durante anúncio do investimento adicional de US$ 100 bilhões da Apple nos EUA

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, reiterou nesta sexta-feira (8) que seu país “não tem planos” de reconhecer a Palestina como um Estado e que a prioridade agora na Faixa de Gaza é “erradicar” o grupo islâmico Hamas. “Não temos planos de reconhecer o Estado da Palestina. Não sei o que realmente significa reconhecer um Estado palestino, dada a falta de um governo em funcionamento no país”, disse Vance aos repórteres no início de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, em sua casa de campo em Chevening House, no sul de Londres. “O que (o presidente dos EUA, Donald Trump) deixou bem claro são nossos dois objetivos, que são muito simples agora. Primeiro, se observarmos a situação em Israel e em Gaza, o que queremos alcançar é que o Hamas nunca mais ataque cidadãos israelenses inocentes, e acreditamos que isso deve ser alcançado pela erradicação do Hamas”, acrescentou.

Em segundo lugar, Vance comentou que Trump ficou “comovido” com as imagens “terríveis” da crise humanitária em Gaza e, por isso, os EUA estão tentando garantir que esse problema seja resolvido. “Temos mantido negociações e conversas constantes, inclusive nas últimas 24 horas, sobre como levar mais ajuda a Gaza, sobre como resolver esse problema humanitário e também sobre como colocar o Hamas em uma posição em que não possa continuar a ameaçar cidadãos e civis israelenses”, analisou.  Nesse sentido, o vice-presidente enfatizou que “há muito trabalho a ser feito” e há algumas “divergências” sobre como atingir esses objetivos compartilhados.

As declarações de Vance foram feitas horas depois que o gabinete de segurança do governo israelense deu sinal verde, durante a madrugada, ao plano militar proposto pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza, no norte do enclave palestino. Em vez disso, o vice-presidente dos EUA evitou responder à pergunta de um repórter sobre se o presidente Trump havia sido avisado por Israel com antecedência sobre seus planos de tomar Gaza.

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“Não vou falar sobre conversas privadas entre o governo israelense e o nosso”, refutou.  Vance chegou ao Reino Unido nesta sexta-feira para um feriado particular com sua família, mas a viagem começou com uma reunião bilateral com Lammy para fortalecer os laços entre Reino Unido e EUA e abordar questões geopolíticas importantes.  “O Reino Unido e os Estados Unidos podem fazer muito, creio eu, para trazer mais paz e estabilidade ao mundo”, disse Vance.  O vice-presidente dos EUA também mencionou a intenção de abordar também novos acordos econômicos e tecnológicos entre ambos os países.

*Com informações da EFE

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