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Japão retoma caça comercial de baleias após 30 anos; Brasil lamenta

O governo do Japão anunciou nesta quarta-feira (26) que está deixando a Comissão Baleeira Internacional (CBI) para retomar a caça comercial dos animais pela primeira vez em 30 anos. O país havia proibido a “caça para pesquisa” após o órgão impor uma “moratória” à pesca comercial na década de 1980, mas agora diz que os “estoques” se recuperaram.

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Esse “estoque” de baleias” seria o “suficiente” para a retomada da atividade comercial. O secretário-geral do gabinete de governo, Yoshihide Suga, disse que a retomada vai acontecer em julho, “de acordo com a política básica do Japão para promover o uso sustentável de recursos aquáticos, com base em evidências científicas”.

Ele ainda acrescentou que o país está desapontado com a CBI – que disse ser dominada por conservacionistas. “Lamentavelmente, chegamos a uma decisão de que é impossível, na CBI, buscar a coexistência de países com visões diferentes.”  Suga afirmou que as caçadas comerciais serão limitadas às águas territoriais do Japão e à sua zona econômica.

Brasil

O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Edson Duarte, lamentou e chamou a decisão nipônica de “grande retrocesso no cenário global”. Em nota, a pasta informa que tal iniciativa “ ignora a posição majoritária dos países”. Ressalta ainda que o Brasil é um defensor de todas as formas de vida. Em janeiro, Duarte será substituído por Ricardo Salles.

“O Brasil historicamente postula pela defesa de todas as formas de vida nos mares do Planeta, principalmente dos cetáceos, que têm muitas espécies ameaçadas de extinção. Temos muito a avançar e somente por meio da atuação integrada dos países-membros da CIB poderemos ter êxito na proteção dessas espécies”, afirmou o ministro.

Segundo Edson Duarte, a pasta já manifestou ao Ministério das Relações Exteriores e à Embaixada do Japão no Brasil o a “esperança de que aquele importante país possa rever a sua posição”. “Em nossa zona exclusiva, protegemos as baleias jubarte e franca e manejamos a pesca de espécies comerciais para garantir a sobrevivência mais exploradas.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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