Jardim é inaugurado em Paris com o nome de Marielle Franco

A homenagem tem como objetivo imortalizar a luta da vereadora

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2019 16h22 - Atualizado em 21/09/2019 16h23
EFE/Fernando Pérez jardim-e-inaugurado-em-paris-com-o-nome-de-marielle-franco Luyara Francisco dos Santos, filha da vereadora, esteve presente na inauguração: 'É muito gratificante para a família estar aqui representando o legado dela'

A Rede Europeia para a Democracia no Brasil inaugurou, neste sábado (21), um jardim em Paris com o nome de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 14 de março de 2018, junto com o motorista Anderson Gomes.

A homenagem, aprovada pelo Conselho Municipal de Paris, tem como objetivo imortalizar a luta de Marielle, que era filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), em favor das minorias e dos direitos humanos.

Antônio Francisco e Marinete da Silva, pais de Marielle, e Luyara Francisco dos Santos, filha da vereadora, estiveram presentes na inauguração do jardim suspenso, que tem 2.600 metros quadrados e está junto a Estação Gare de l’Est, uma das mais movimentadas de Paris. “É muito gratificante para a família e, especialmente, para mim, como filha, estar aqui representando o legado dela”, afirmou Luyara.

O pai de Marielle, por sua vez, lembrou que a filha, desde a juventude, sempre foi revolucionária, e aproveitou o ato para, mais uma vez, cobrar respostas sobre o crime, que ainda está sob investigação. “Tudo o que queremos é justiça para Marielle”, disse Antônio Francisco.

Alexandra Cordebard, prefeita do décimo distrito de Paris, onde está localizado o jardim, exaltou a inauguração do novo equipamento da cidade e da homenagem à Marielle. “É um espaço de harmonia e de paz entre todos”.

A viúva de Marielle, Mônica Benício, não pode participar do ato, mas enviou uma mensagem que foi lida durante a inauguração do jardim suspenso. “É fundamental que brote a verdade, como irão brotar as flores nesse jardim”, escreveu.

Investigações

Na última quarta-feira (18), o diretor do Departamento de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Antônio Ricardo Nunes, disse que as investigações do assassinato continuam. Segundo ele, o objetivo é descobrir se houve um mandante e disse que, se houve, a polícia chegará até ele.

O delegado disse que a investigação do homicídio gerou desmembramentos e que, em breve, haverá prisões relativas a esses outros inquéritos. Ele não esclareceu, no entanto, se essas prisões têm relação direta com o assassinato.

Em resposta ao pedido de federalização das investigações, feito pela então Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge, na terça-feira (17), o delegado disse que as pessoas que, de alguma forma, prejudicaram o início das investigações já estão respondendo à Justiça.

* Com EFE

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