Kiev diz que não admitir a Ucrânia na Otan seria ‘suicídio’

Ministro ucraniano pediu ao governo alemão que não ‘oferecesse forte resistência’ contra qualquer avanço no caminho da entrada do país na aliança

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2023 07h46 - Atualizado em 02/07/2023 07h47
EFE/EPA/OLEG PETRASYUK Ataque a Ucrania Ucrânia reforça pedido para entrar na Otan após invasão russa no país

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, advertiu neste sábado, 1º, com vistas à próxima cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Vilnius, em 11 e 12 deste mês, que não admitir a Ucrânia na aliança quando a guerra terminar seria “suicídio”. “Após a guerra, seria suicídio para a Europa não aceitar a Ucrânia como membro da Otan”, disse em entrevista à imprensa da Alemanha, enfatizando que isso significaria que um conflito ainda estaria sobre a mesa, já que a Rússia não seria dissuadida de atacar a Ucrânia novamente. Por isso, pediu ao governo alemão de Olaf Scholz que não seguisse o mesmo caminho da ex-chanceler Angela Merkel em 2008, quando ela “ofereceu forte resistência” contra qualquer avanço no caminho da entrada da Ucrânia na aliança. Foi essa postura que abriu caminho para a agressão russa contra a Geórgia em 2008 e a anexação da península da Criméia em 2014, bem como a invasão da Ucrânia no ano passado, disse Kuleba. Pelo contrário, a admissão da Ucrânia à aliança seria “o caminho para a paz” ao dissuadir Moscou de futuras guerras, e não levaria a mais conflitos, acrescentou o ministro ucraniano. Scholz tem repetidamente manifestado relutância quanto à possível entrada da Ucrânia, mesmo depois de terminada a guerra, já que “há critérios de admissão muito claros”, entre eles que o país candidato não conte com conflitos fronteiriços.

*Com informações da EFE.

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