Kim Jong Un diz que Covid-19 pode ter entrado na Coreia do Norte

Segundo a imprensa local, o caso suspeito é de um fugitivo do país que cruzou a fronteira há três anos e retornou ilegalmente na semana passada; a cidade de Kaesong está em lockdown desde a última sexta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2020 10h42
EFE/EPA/KCNA kim jong un Apesar do anúncio de Kim Jong-Un, entidades contestaram a afirmação de que o país venceu a Covid-19

O líder norte-coreano Kim Jong Un assumiu neste domingo (26) pela primeira vez que “o vírus” pode ter entrado no país, ao confirmar o primeiro caso de suspeita de infecção pelo novo coronavírus, de acordo com informações da imprensa estatal. Diante das suspeitas foi declarado lockdown (bloqueio total) na cidade de Kaesong, próxima da fronteira com a Coreia do Sul, desde a tarde desta sexta. Se esse paciente for oficialmente declarado com Covid-19 este será o primeiro caso confirmado no país. Até agora a Coreia do Norte tem afirmado veementemente que não teve nenhum caso da doença. Tal alegação, entretanto, é questionada por especialistas externos.

A Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA, em inglês) informou que o caso suspeito é de um fugitivo do país que cruzou a fronteira há três anos e retornou ilegalmente no início da semana passada. De acordo com a KCNA, amostras de secreção das vias aéreas e exames de sangue indicam que o paciente “é suspeito de ter sido infectado” pelo coronavírus e foi colocado em quarentena. Pessoas que estiveram em contato com o paciente e as que estiveram em Kaesong nos últimos cinco dias também foram colocadas em quarentena.

Com uma população estimada em 200 mil pessoas, a cidade de Kaesong está localizada próxima da zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias. O local já abrigou o complexo industrial conjunto das Coreias, fechado desde 2016 em meio a tensões nucleares. No mês passado, a Coreia do Norte explodiu um escritório que intermediava as relações entre os dois países em Kaesong em protesto contra uma campanha de ativistas sul-coreanos que estavam enviando panfletos anti-Pyongyang através da fronteira. As informações são da Associated Press.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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