Líbano adverte que ‘não há espaço para mais atrasos’ e pede um cessar-fogo em Gaza
Estados Unidos, Egito e Catar anunciaram uma reunião para o próximo dia 15 em Doha ou Cairo com o objetivo de procurar uma solução urgente para os pontos onde há divergências
O Líbano advertiu, nesta sexta-feira (9), que “não há espaço para mais atrasos” e apelou para um acordo de cessar-fogo em Gaza durante a reunião marcada para o próximo dia 15, ao mesmo tempo que pretende apresentar uma proposta paralela sobre a qual não deu detalhes.
“O governo libanês afirma que não há espaço para mais atrasos e insta todas as partes interessadas a acelerar o processo de libertação dos reféns, iniciar um cessar-fogo e implementar o acordo sem hesitação”, disse o ministro das Relações Exteriores, Abdullah Bou Habib, segundo um comunicado do governo.
Em declarações após reunião com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, o chefe da diplomacia pediu para chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza e ao início da sua implementação “de forma imediata”, ao mesmo tempo que aplaudiu a convocação de uma reunião sobre o assunto na próxima quinta-feira (15). Estados Unidos, o e Catar anunciaram ontem à noite uma reunião para o próximo dia 15 em Doha ou Cairo com o objetivo de procurar uma solução urgente para os pontos onde há divergências, exigindo que Israel e o grupo terrorista palestino Hamas cheguem a um acordo sem mais atrasos.
“O governo libanês também pretende apoiar e apresentar uma nova proposta para completar a implementação dos outros elementos de uma forma que satisfaça todas as partes envolvidas”, disse Bou Habib, sem fornecer mais detalhes. O ministro não esclareceu se a iniciativa estará exclusivamente relacionada com a guerra em Gaza ou se, pelo contrário, seria uma proposta paralela para resolver os confrontos entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
O Hezbollah condiciona o fim de seus ataques contra o Estado judeu ao término prévio do conflito no enclave palestino e manifestou sua vontade de negociar uma solução na frente libanesa uma vez terminadas as ofensivas israelenses na Faixa de Gaza. Os receios de uma guerra aberta entre o movimento terrorista e Israel se encontram em seu ponto mais alto desde que um bombardeio israelense na semana passada matou o principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, e seis outras pessoas nos arredores de Beirute.
A formação prometeu uma dura resposta, tal como seu aliado Irã no que diz respeito ao recente assassinato em Teerã do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, vinganças que ainda não ocorreram e que mantêm o Oriente Médio sob tensão. “É hora de agir de forma decisiva e de cumprir nossos compromissos de levar a paz e ajudar as pessoas necessitadas (…), bem como de restaurar a calma na região”, concluiu o chefe da diplomacia libanesa, segundo a nota do governo.
*Com informações da EFE
Publicado por Fernando Keller
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