Libertação de reféns do Hamas está prevista para começar na manhã desta quinta-feira

Israel e o grupo islâmico firmaram um acordo prevê a liberação de 50 pessoas sequestradas em troca de 150 presos palestinos e pausa de quatro dias

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2023 14h40
EFE/EPA/ABIR SULTAN reféns do hamas Mulheres segurando fotos de reféns do Hamas em frente ao museu do Tel Aviv, em Israel

O acordo entre Israel e Hamas, que permitirá a libertação de 50 reféns em troca de 150 presos palestinos em Israel, e uma pausa humanitária de quatro dias, deve começar às 10h (5h em Brasília) desta quinta-feira, 23, segundo autoridades israelenses e líderes da facção. Esse foi o primeiro pacto firmado entre as partes desde que o conflito começou em 7 de outubro. Atualmente, 240 pessoas são feitas de reféns pelo grupo islâmico. Entre esses 50 que vão ser liberados estão: 30 crianças, 8 mães e 12 mulheres. Já em relação aos presos palestinos, Israel publicou uma lista de 300 prisioneiros que serão considerados, contudo, não especificou quais serão liberados. A lista é formada principalmente por palestinos menores de 18 anos acusados de provocar tumultos ou de lançar pedras contra forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.

Segundo comunicado oficial do governo de Israel, espera-se que 12 a 13 pessoa sejam liberadas por dia durante a trégua. O Hamas celebrou em um comunicado o acordo de “trégua humanitária” e afirmou que seus dispositivos foram “formulados segundo a visão da resistência”, mas manteve o tom de desafio. “Confirmamos que nossos dedos permanecerão nos gatilhos”. Nos dois lados, as pessoas beneficiadas pelo acordo são mulheres e crianças, segundo o movimento islamista. O governo de Israel estava sob pressão das famílias das quase 240 pessoas sequestradas pelo grupo islamista durante o ataque de 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses. “Estamos muito felizes”, afirmou em um comunicado a principal associação israelense de famílias de sequestrados na Faixa de Gaza, o Fórum de Reféns e de Famílias Desaparecidas.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, declarou que aceitar o acordo é “uma decisão complicada, mas é uma decisão correta”. Desde o ataque de 7 de outubro, Israel lançou uma ofensiva contra Gaza que deixou mais de 14.000 mortos neste território palestino. Um funcionário de alto escalão da Casa Branca afirmou que entre os liberados estarão três americanos, incluindo uma menina de três anos. Mesmo com o acordo, mediado pelo Catar, o governo israelense destacou que suas Forças Armadas “vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel procedente de Gaza”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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