Líbia: Naufrágio mata ao menos 45 imigrantes e refugiados africanos

O acidente eleva o total de óbitos para 302 neste ano na rota de imigrantes em direção à Europa

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2020 10h16 - Atualizado em 20/08/2020 10h18
Agência EFE Pelo menos sete pessoas morreram nesta quarta-feira (29) no naufrágio de um barco de turismo no Rio Danúbio, na altura de Budapeste, na Hungria Nos últimos meses, centenas de imigrantes foram parados em alto-mar e seus barcos foram enviados de volta à Líbia, apesar do risco de violência naquele país

Um naufrágio na costa da Líbia, considerado o pior deste ano, matou ao menos 45 imigrantes e refugiados africanos no Mediterrâneo, afirmaram agências da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira, 19. Em comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional de Migração (OIM) pediram mais capacidade de busca e resgate para responder aos apelos por socorro. “Por volta de 37 sobreviventes, majoritariamente de Senegal, Mali, Chade e de Gana, foram resgatados por pescadores locais e detidos ao desembarcar. Eles relataram aos funcionários da OIM que mais 45, incluindo cinco crianças, perderam suas vidas quando o motor do navio explodiu na costa de Zuara”, disse o comunicado.

O naufrágio leva o total de mortes para 302 neste ano na rota de imigrantes que passa pela Líbia em direção à Europa, acrescentou a nota das agências da ONU. Nos últimos meses, centenas de imigrantes foram parados em alto-mar e seus barcos foram enviados de volta à Líbia, apesar do risco de violência naquele país. Com navios estatais da Líbia se responsabilizando pelos resgates, na ausência de um programa da União Europeia, mais de sete mil pessoas retornaram à Líbia este ano. A OIM e Acnur disseram que a Líbia não deve ser classificada como um porto seguro para imigrantes e que eles não deveriam desembarcar lá. As agências defendem um esquema alternativo para levar pessoas resgatadas ou interceptadas em alto-mar a lugares considerados seguros.

*Com informações da Agência Brasil

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